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terça-feira, 1 de abril de 2008

TODO SISTEMA DE EDUCAÇÃO É EDUCAÇÃO AMBIENTAL:Ambiente e inter relação-social-humana-ambiental Wilson Roderval Lopes Pereira

WILSON RODERVAL LOPES PEREIRA

















TODO SISTEMA DE EDUCAÇÃO É EDUCAÇÃO AMBIENTAL:
AMBIENTE E INTER RELAÇÃO-SOCIAL-HUMANA-AMBIENTAL






OSASCO
2006


WILSON RODERVAL LOPES PEREIRA







TODO SISTEMA DE EDUCAÇÃO É EDUCAÇÃO AMBIENTAL:
AMBIENTE E INTER RELAÇÃO-SOCIAL-HUMANA-AMBIENTAL





Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Educação Ambiental do Centro Universitário UNIFIEO como requisito à obtenção do título de Especialista em Educação Ambiental, sob orientação do Prof. Dr. Ricardo Lopes Crispino.


Osasco
2006
WILSON RODERVAL LOPES PEREIRA




TODO SISTEMA DE EDUCAÇÃO É EDUCAÇÃO AMBIENTAL:
AMBIENTE E INTER RELAÇÃO-SOCIAL-HUMANA-AMBIENTAL



APROVADA EM ____/_____/_____






BANCA EXAMINADORA





___________________________________________
ORIENTADORA








____________________________________________
PROFESSOR (A)






____________________________________________
PROFESSOR (A)















Epigrafe

























Ser não ambientalista não existe
Se existir ser é ser ambientalista





RESUMO

A monografia se propôs a defender a hipótese de que todo sistema de educação é Educação Ambiental, visando uma Educação Ambiental pró-recuperação de recursos naturais. Fazendo uma análise da forma como a Educação Ambiental está sendo ministrada vem demonstrar que está se caracterizando uma discriminação na prática educacional (pedagógica), pois, dá a entender que, a educação tradicional ocorre fora do ambiente, como se isso fosse possível. Demonstra através de reflexões do autor que onde quer que estejamos, estamos no ambiente. Também são temas geradores de discussões neste documento, o vocábulo ambiente e o binômio meio ambiente estimulando o leitor, no sentido da reflexão e interpretação correta sobre os vocábulos em questão, ambiente/meio ambiente. A educação começa no ambiente, lar, igreja, escola, sociedade, etc e, assim sendo, educação formal ou informal somente pode acontecer no meio ambiente, onde estão cercados, educando e educador. Enfoca a Inter-Relação Social – Humana -Ambiental através de pesquisas de interpretações comprobatórias, em dicionários da língua portuguesa, livros didáticos, livros de metodologia do ensino científico, manuais de educação ambiental, assim como a Constituição Federal Brasileira, a Lei 9795/1999 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental e revistas de divulgação entre outros evidenciando assim que Todo Sistema de Educação é Educação Ambiental. É claro que o homem precisa se descobrir interagindo com o ambiente, atuando como ator e, percebendo o seu papel fundamental. Também é importante que ele se torne o verdadeiro colaborador na recuperação de recursos naturais. Somente assim alcançaremos o objetivo, como contribuinte, na mudança dos métodos para uma educação sem discriminação do meio ambiente, bem como a marcha para a sustentabilidade desejada à nação.






ABSTRAT

The monograph if considered to defend the hypothesis of that all system of education is Environmental Education, aiming at an Environmental Education pro-recovery of natural resources. Making an analysis of the form as the Environmental Education she is being given comes to demonstrate that it is if characterizing a practical discrimination in the educational one (pedagogical) therefore, gives to understand that, the traditional education occurs outside of the environmental, as if this was possible. It demonstrates through reflections of the author who where it wants that let us be, we are in the environmental. Also they are generating subjects of quarrels in this document, word surrounding and the two word environmental stimulating the reader, in the direction of the reflection and correct interpretation on the words in question, environment/environment. The education starts in the environmental, home, church, school, society, etc and thus being, formal education or informal it only can happen in the environmental, where they are surrounded, educating and educator. It focuses the Sociâl-Human-Environmental Interrelation through research of evidential interpretations, in dictionaries of the Portuguese language, didactic, books of methodology of scientific education, manual books of ambient education, as well as the Brazilian Federal Constitution, Law 9795/1999 that it among others institutes the National Politics of Environmental Education and magazines of spreading thus evidencing that All System of Education is Environmental Education. He is clearly that the necessary man if to discover interacting with the environmental, acting as actor and, perceiving its basic paper. Also it is important that it if becomes the true collaborator in the recovery of natural resources. Thus we will only reach the objective as contributing, in the change of the methods for an education without discrimination of the environmental, as well as the march for the support desired to the nation.








SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO --------------------------------------------------------------------------------10
1.1. OBJETIVOS GERAL -------------------------------------------------------------------------10
1.1.1. Objetivos Específicos -------------------------------------------------------------------------10
1.2. JUSTIFICATIVA ------------------------------------------------------------------------------11
1.3. HIPÓTESE --------------------------------------------------------------------------------------11
1.4. METODOLOGIA ------------------------------------------------------------------------------11
2. DESENVOLVIMENTO TEXTUAL HIPOTÉTICO ------------------------------------- 12
2.1. DISCUSSÃO ------------------------------------------------------------------------------------13
2.2. METODOLOGIA -------------------------------------------------------------------------------17
2.3 ORIGEM DA VIDA --------------------------------------------------------------------------18
2.3.1. Experimento de Redi -------------------------------------------------------------------------- 18
2.3.2. Prestígio Científico ---------------------------------------------------------------------------- 19
2.3.3. O Papel do Ambiente -------------------------------------------------------------------------20
2.3.4. A Moderna Teoria da Evolução -------------------------------------------------------------20
2.3.5. A Seleção Natural -----------------------------------------------------------------------------21
2.3.6. Transformações Ambientais ------------------------------------------------------------------21
2.3.6.1.Terra Planeta Vivo -----------------------------------------------------------------------------22
2.3.7. Nutrição ---------------------------------------------------------------------------------------- 22
2.3.8. Vida no Mar ------------------------------------------------------------------------------------23
2.3.9. As Conseqüências da Agricultura no Período Neolítico e Educação Ambiental ----- 24
2.4. A OCUPAÇÃO HUMANA -----------------------------------------------------------------25
2.4.1. A Destruição dos Ambientes Aquáticos ----------------------------------------------------26
2.4.2. Consumo Energético e Poluição --------------------------------------------------------------26
2.4.3. Revolução Industrial e Educação Ambiental -----------------------------------------------27
2.5. PRÉ – HISTÓRIA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL --------------------------------------27
2.5.1. Povos Mesopotâmicos e Educação Ambiental --------------------------------------------28
2.5.2. Recursos Naturais e Educação Ambiental --------------------------------------------------29
2.5.3. História da Educação através dos textos ----------------------------------------------------32
2.5.4. A Metodologia e o Ensino Científico -------------------------------------------------------34
3. AMBIENTE QUE ENVOLVE OS SERES VIVOS --------------------------------------35
3.1. CONCEITOS PARA SE FAZER EDUCAÇÃO AMBIENTAL -----------------------35
3.2. O QUE É EDUCAÇÃO AMBIENTAL ---------------------------------------------------36
3.3. UM PAÍS PAPAGAIO -----------------------------------------------------------------------37
4. CONCLUSÃO ---------------------------------------------------------------------------------39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ---------------------------------------------------------------40
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR --------------------------------------------------------------42
ANEXOS -------------------------------------------------------------------------------------------------43
A. Primeira Carta Régia do Brasil entre outros
B. Desafio a Educação
C. A Cultura Universitária
D. Professor em Sala de Aula
E. Explicando o Significado
F. Referencial Curricular
G. Direitos Constitucionais e Educação Ambiental
H. Decreto 4.281/2002


















INTRODUÇÃO

Ação ambiental. Esta é a idéia principal desta monografia para além das contribuições que visam valorizar a inter- relação – Social – Humana -Ambiental.
As seguintes reflexões buscam trazer contribuições que irão sanar as possíveis dúvidas sobre educação, e por isso propor e recomendar a todos uma leitura minuciosa sobre as preocupações levantadas nas descrições dos textos que estarão citados ao longo do trabalho na certeza de que, como estudioso o leitor irá encontrar subsídios para perceber que nas referidas páginas, ocorrem verdadeiras aulas de educação ambiental.
É claro que, para aqueles que ainda não abriram os olhos para a questão proposta na hipótese que gerou esse documentário, os livros consultados são recomendados para aulas de língua portuguesa, ciências, história e geografia.
Reforçando cada vez mais à hipótese, o ambiente onde se aprende e/ou ensina é o meio ambiente escolar ou outro ambiente qualquer, logo não se deve gerar dúvidas sobre o fato que educação ambiental é o processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do indivíduo humano e deve ser ministrada num ambiente qualquer.

1.1. OBJETIVO GERAL

Despertar nos órgãos públicos competentes e nas pessoas intelectuais, providências quanto à interpretação correta no aprendizado dos vocábulos: ambiente e meio ambiente;
Incentivar ao leitor geral e os intelectuais o entendimento de que o espaço geográfico refere-se também ao lugar que as coisas ocupam e onde os fatos ocorrem: o meio ambiente;
Propor disciplina de educação ambiental pró- recuperação de recursos naturais.

1.1.2. Objetivos Específicos

Desenvolver no aprendiz, o espírito participativo, no sentido de se incrementar projetos de educação ambiental pró- recuperação de recursos naturais;
Estimular os atores envolvidos, a despertarem-se e descobrirem medidas que possam mitigar, e compensar áreas com degradação ambiental;
Despertar em cada educando brasileiro, o senso de viverem o ambiente e zelarem por ele;
Incentivar professores e alunos, a aderirem a projetos educativos de aprendizagem sobre a coleta seletiva, e do processo de reciclagem; (pró- recuperação dos recursos naturais);
Desenvolver uma discussão acerca da educação pró - recuperação dos recursos naturais.

1.2. JUSTIFICATIVA

Partindo do pressuposto de que a ausência de um modelo de educação ambiental pró-recuperação de recursos naturais, trazem conseqüências ambientais, tais como a perda de valores no que tange a inter- relação - Social – Humana -Ambiental, a destruição dos recursos naturais, destacando-se a perda da vida animal, florestal e os recursos minerais, deixam bem explícito que o desenvolvimento desta hipótese (monografia) justifica a preocupação com o ambiente, fruto de discussões que permitiram o desenvolvimento no Brasil e no Mundo, de uma visão de uso e degradação ambiental que predomina na sociedade humana.

1.3. HIPÓTESE

“Todo Sistema de Educação é Educação Ambiental”.
Estas denotações opõe-se ao sistema educacional vigente, pois está claro que neste modelo conservador, o qual vem sendo trabalhado desde a implantação da Educação Ambiental no Brasil, de fato discrimina a E.A. do processo educacional das demais disciplinas pedagógicas do currículo escolar. Daí propõe discussões em autos níveis para solução do problema.



1.4. METODOLOGIA

Através da análise e interpretação de textos teórico-científicos e didáticos da prática escolar e dicionários objetivou-se desenvolver uma discussão sobre o binômio meio ambiente com o vocábulo ambiente além de desenvolver uma discussão sobre a educação pró-recuperação dos recursos naturais.



2. DESENVOLVIMENTO TEXTUAL HIPOTÉTICO

O pressente trabalho propõe-se a discutir e enfatizar as propostas encadeadas nas Conferências de 1972, em Estocolmo, no relatório sobre Educação Ambiental elaborado pelo “Clube de Roma” em 1975, no Encontro Internacional sobre Educação Ambiental em Belgrado 1975 e na Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental de Tbilisi realizada em 1977. Nesta última, foram confirmadas as decisões das conferências anteriores, ou seja, os principais pontos de contribuição da Conferência de Tbilisi são frutos das discussões anteriores que conforme “Genebaldo Freire Dias (2000)” “A Conferência de Tbilisi” – como ficou consagrada – é o ponto culminante da primeira fase do Programa Internacional de Educação Ambiental, (vide anexo).
Educação Ambiental a muito vem sendo palco de discussões, entretanto muitas descobertas educacionais e científicas estão por vir.
No Brasil por exemplo, pode se dizer ser adolescentes em relação ao sistema de implantação da Educação Ambiental, apesar dela ser discriminante no sentido de estar associada somente às disciplinas de Biologia e Geografia e que somente a partir da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio - 1992) é que se incrementou esta questão, a qual constava antes apenas em poucas pautas de discussões junto ao MEC, aos órgãos governamentais e (ONG’s) organizações não-governamentais.
Somente em 1992 o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) criou, no âmbito das Superintendências Estaduais, os Núcleos de Educação Ambiental (NEA’s) para estimularem políticas públicas estaduais no que diz respeito à Educação Ambiental (http://www.mma.gov.br.),(http://www.projekte.org/meioambiente99),(http://www.mec.gov.br).
Em 1993, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) formalizou a implantação o Centros de Educação Ambiental, e conforme preconizava a Agenda 21 no seu capítulo 04, item 4.7. (CASCINO, 1998) “(a) promover padrões de consumo e produção que produzam as pressões ambientais e entendam às necessidades básicas da humanidade; (b) desenvolver uma melhor compreensão do papel do consumo e da forma de se implementar padrões de consumo mais sustentáveis”.
Com estes dados justifica-se cada vez mais à hipótese que denota a opinião proposta, educação somente acontece no ambiente onde estão os seres vivos e as coisas. Este é o ponto “Sine Qua Non” da questão.

2.1. Desenvolvimento e sugestões

Apesar da hipótese propor questionar o atual sistema educacional, afirmando que todo sistema de educação é educação ambiental e propor a educação ambiental pró-recuperação dos recursos naturais, também propõe uma acareação dos vocábulos: meio ambiente e ambiente e a discriminação que a caracteriza.
Conforme análises são estes os pivôs de toda confusão, pois vejam bem, em todo tempo da educação escolástica ninguém teve a preocupação de trabalhar os vocábulos aqui questionado, talvez até mesmo por descuido ou por falta de consciência dos graves problemas de degradação ambiental tais como: perda da biodiversidade, poluição atmosférica, alterações climáticas, redução da camada de ozônio, poluição das águas, degradação dos solos, desmatamento florestal e disposição de resíduos, entre outros. Talvez não se esperassem que em convenções e conferências de cunho internacional em pleno século XX, se decidissem com tal displicência, por um sistema de educação ambiental propiciando discriminação, aos demais modelos e disciplinas educacionais.
O leitor, observando o que diz FERREIRA, (1975, p.497). “Ecologia 1. Parte da Biologia que estuda as relações entre os seres vivos e o meio ou ambiente em que vivem, bem como as suas recíprocas influências; mesologia”.
Observa-se também nesta referência de Ferreira, o porquê desta hipótese. Está claro, meio ou ambiente é onde acontecem as relações entre seres vivos, por isso esta hipótese sugere-se o brado de basta ao engano, pois o modelo atual de E. A que se vem trabalhando não produz resultado positivo; a experiência e visão do educador precisa melhorar. Ensinar precisa ser sinônimo de coisa séria, senão, para que ensinar? É hora de refletir! Este é o momento para conclamar as pessoas comprometidas na área educacional, bem como todos da sociedade brasileira, a serrarem fileiras em torno de um paradigma, que venha disciplinar com eficiência a Educação Ambiental Pró-Recuperação de Recursos Naturais. Há de se observar que somente um modelo com a proposta acima irá fazer com que todos os atores envolvidos no processo educacional, ao perceberem a problemática da degradação ambiental e o fato de que são seres humanos os próprios a causarem estes danos, hão de se inserir em projetos de recuperação das degradações além de ingressarem-se no processo de recuperação ambiental, e que agindo dessa maneira diminuirão significativamente os prejuízos ambientais mundiais, que estão tão evidentes no dia-dia de todo ser humano.
São desafios: conservar a biodiversidade, garantir a disponibilidade e a qualidade da água potável, controle da poluição de forma geral, coleta seletiva e reciclagem de resíduos sólidos orgânicos e inorgânicos, a importância e controle dos aterros sanitários, preservação de áreas naturais, reflorestamento urbano entre outros. Esta hipótese propõe afirmar que o controle desta situação somente acontecerá quando os professores, em todos os níveis de escolaridade, estiverem conscientes do seu papel quanto à recuperação ambiental, o paradigma proposto oferece a oportunidade de se trabalhar esta questão haja vista que, apesar do Brasil ser adolescente nesta questão, quatorze anos (mais ou menos) nas discussões sobre a degradação do ambiente se for considerado como base à (ECO 92).
Porém este curto espaço de tempo não justifica a discriminação no sistema educacional. Ambiente não é o espaço de nossa inserção? Se o é, como justificar a discriminação no sistema educacional? Aí paira uma preocupação hipotética.
Porém, com o objetivo de despertar no leitor o senso de que todas as vezes que se encontrar frente a um fato novo, procurando entendê-lo estará buscando um novo aprendizado no ambiente aí sim à certeza da consciência adquirida e do papel que se pode exercer na recuperação do ambiente. Com isso o homem educador/educando sem dúvida, consciente do seu papel, passa a agir localmente contribuindo globalmente.
Uma sugestão de alerta se faz necessário; se não se ensinar às crianças que as mesmas estão no ambiente como cobrar dela a ação ambiental adequada ao meio. Assim sendo, é objetivo deste documento propor se trabalhar incessantemente o vocábulo ambiente e o binômio meio ambiente, de forma que o estudioso possa perceber que de fato está havendo discriminação no sistema da educação.
Sendo este um dos principais objetivos do trabalho, além de comprometer a interação natural e cotidiana do indivíduo humano no seu espaço e, é objetivo ainda, difundir a Inter-Relação-Social-Humana-Ambiental.
Que o leitor possa perceber que tão grave quanto à degradação ambiental, são os problemas provocados pelo: analfabetismo, a fome, a pobreza, o sistema de moradia, entre outros.
Por isso, tais vocábulos proposto para discussões merecem o mesmo trato que a degradação ambiental.
Ao se tratar, por exemplo, do analfabetismo entende-se que isso é um problema de educação e, como só se educa no ambiente, é lógico dizer que nesse processo estará acontecendo educação ambiental.
Este esclarecimento será válido a todos que usufruírem desta monografia no sentido da reflexão cuidadosa sobre a interpretação do vocábulo ambiente e sinônimos correlatos.
A Inter-Relação-Social-Humana-Ambiental aborda algumas interferências, homem /natureza e para tanto se pesquisou cuidadosamente os vocábulos meio e ambiente no sentido de fornecer melhores contribuições para o modelo educacional vigente uma vez que os responsáveis pelo planejamento educacional assim como a maioria dos professores-educadores não se deu conta em trabalhar esta propositura.
É transparente à óptica a maioria dos professores-educadores não conseguiram planejar e ou ministrar aulas que ao menos contemplassem a preocupação com os problemas de degradação ambiental, espaço esse em que o ser humano encontra-se a todo o momento, isto é, como denota anteriormente a sala de aula, a casa, o sítio, etc.
O pedagogo/educador sem dúvida irá perceber a falta de reflexão sobre os vocábulos indispensáveis aos processos educacionais e, considerando este fato um lapso sem igual no sistema educacional brasileiro e mundial, tomar a iniciativa de apresentar seus conhecimentos na arte de ensinar, afim, de incrementar essa discussão/aprendizado dos vocábulos meio e ambiente.
Nunca é tarde para se adaptar ou descobrir coisas novas, a ciência não pára e, com esperança no amanhã se poder contemplar o seu fruto. Precisa-se com isso dizer, que os esforços serão incessantes em torno desse acontecimento. Não se pode parar, com essa discussão, propõe-se aos órgãos governamentais competentes a se adequarem a um novo paradigma disciplinar, um modelo que venha contemplar um sistema de educação que atenda às exigências que se fazem necessárias a sustentabilidade desta e das futuras gerações; um modelo de educação onde não haja discriminação no sistema educacional.
A Educação Ambiental como está sendo trabalhada não tem contribuído com nenhum estímulo e tão pouco apresenta propostas para recuperação ambiental. Porém há de observar em tempo, que nem mesmo a Conferência Internacional de Educação Ambiental de Tbilisi realizada em 1977. A qual segundo DIAS, (2000), considera a mais importante das conferências ambientais, aí uma interrogação? Porque se esqueceram que na letra jota, das contribuições? Encontram-se textualmente a determinação de que a Educação Ambiental deve ser um processo contínuo, dirigido a todos os grupos de idade e profissionais, bem como a comunidade, no entanto dá para se perceber isso não vêm acontecendo!
Porém, se houver continuidade a esse modelo que se vem trabalhando a E.A. Há de se lamentar, pois o aprendizado não irá concretizar-se sobre os problemas da degradação ambiental, tendo em vista que quando, raramente, se faz menção do problema, não se apresenta um projeto para solucioná-lo. Porém numa disciplina específica de Educação Ambiental Pró-Recuperação de Recursos Naturais onde obrigatoriamente o educador tenha que educar voltado para o problema da recuperação de recursos naturais, não restam dúvidas de que os atores envolvidos certamente viverão o momento e hão de perceber seu envolvimento no processo, surgindo assim à responsabilidade em reparar seus próprios danos. Dentro desta lógica, o corpo docente/discente, será levado ao processo de interação social na busca de uma recuperação de recursos naturais ainda que para essa tomada de consciência leve algum tempo. Os atuais professores apesar do seu tempo escolástico, se tornaram agentes sem prática no ensino do sistema da recuperação ambiental uma vez que a falta do paradigma disciplinar proposto as questões deixou o professor em um beco sem saída. Há de se mencionar isso com tristeza, pois qualquer professor (educador ambiental) perceberá nas conversas e observações do dia-a-dia com seus colegas que é comum ouvir: ambiente é tudo, são as árvores, água, etc. Porém, deve-se observar, não é isto que é definido nos dicionários examinados tais como: FERREIRA, (1975, p. 82); BUENO, (1973, p. 101).; COSTA, (1993, p.89) e HOUAISS, (2002, p.193) aonde estes autores definem meio ambiente como o meio onde vivem os seres, o que há de se concordar em gênero número e grau, vemos ainda ambiente é o meio onde estão seres animados e inanimados. A fauna e a flora são recursos naturais e interagem no ambiente.
Buscando a atenção do leitor para mais um momento de reflexão, sobre reino animal descobre-se, sem medo de titubear, que os humanos com toda capacidade de raciocinar, são por excelência destruidores naturais do meio.
Porém, voltando aos professores/educadores que, quando crianças, não foram educados voltados aos problemas ambientais, ou seja, esquivaram-se até mesmo de educar sobre os vocábulos meio e ambiente como já mencionado; os mestres não tiveram a preocupação em denotá-los, que o espaço do dia - a - dia é aonde se vive. Com isso fica claro que se não se aprender como se pode ensinar?
Na realidade isso aconteceu e acontece com os aprendizes em todo tempo de escolaridade e sem dúvida há muitas décadas, porém a menos de duas décadas é que no Brasil se vê a demonstração da preocupação com a natureza se continuar no erro continuará dando atestado de incompetência.
Chegou o momento de todos aqueles que estão compromissados na área educacional se preocuparem em reparar os danos neste sugerido. Lembrando o provérbio popular: errar é humano, persistir no erro é burrice.
Não resta alternativa a não ser a de se trocar experiências e vivências para assim alcançar uma vitória no que diz respeito à recuperação ambiental. Acreditando assim num tempo determinado para todos propósitos, e não desistir de acreditar nesta proposta. Apesar de se estar consciente das dificuldades que se irá enfrentar para contemplar a veracidade da aprovação da proposta desta monografia junto aos especialistas da área de educação e aos órgãos governamentais aonde, salvo um engano, irá enfrentar maiores dificuldades de aceitação. No entanto, há esperança.
Aos profissionais de mídia eletrônica, rádio, televisão, jornais, revistas, entre outros meios de divulgação fica na (divulgação deste como sugestão) na certeza da importância deste trabalho que poderá contribuir no sistema de recuperação ambiental do globo terrestre.
Como sugestão recomenda-se a introdução de programas educacionais que dêem ênfase à Inter- Relação Social - Humana - Ambiental, pois dentro da mais perfeita possibilidade é intenção que o leitor a refletir sobre o Decreto Federal nº 4.281, de 25 de julho de 2000, aonde o Art. 5º faz menção sobre a necessidade da inclusão da Educação Ambiental em todos os níveis e modalidades de ensino, (DF será anexo na íntegra).
Nos Parâmetros e Diretrizes Curriculares Nacionais (PCN) pode-se observar, assim como na Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 (confirmada pelo Decreto 4.281/002 (vede anexos) o qual institui Política Nacional de Educação Ambiental, a importância da inclusão da Educação Ambiental em todos os níveis e modalidades de ensino.

2.2. METODOLOGIA

Para a análise da importância do ensino da Educação Ambiental Pró - Recuperação de Recursos Naturais foram extraídos textos de livros elaborados com ênfase em problemas e acontecimentos ambientais, em nosso espaço, onde sempre constarão os seguintes vocábulos: meio, ambiente, espaço, ambiental entre outros... Isso relacionado com o meio onde vivemos e vivem os outros animais e estão as coisas.
É certo de que com tantas evidências, após esta leitura, o leitor não terá mais a incerteza quanto à necessidade de um paradigma disciplina/modelo de ensino para reestruturar o sistema educacional em todos os níveis a partir da pré - escola.
É considerado condição “Sine Qua Non” que somente com esta reestruturação educacional o processo de degradação do ambiente não ficará alheio a nenhuma pessoa. Desta forma com as citações apresentadas a seguir e anexos, a intenção é de trazer um apanhado de textos com os vocábulos meio, ambiente, espaço, ambiental, entre outros que nos permitirão discorrer sobre as interpletações equivocadas presentes nos livros consultados que, apesar de abordarem as palavras acima, não às contextualizam dentro da ótica proposta nesta Monografia. Educação Ambiental Pró - Recuperação de Recursos Naturais.

2.3. ORIGEM DA VIDA

O homem sempre teve curiosidade de saber, não somente sua origem, como também há quanto tempo existe. A mesma curiosidade ele tem com relação a todos os demais seres vivos existentes. Na Grécia Antiga, um famoso sábio chamado Aristóteles, que viveu de 384 a 322 a.C., afirmava que os animais e as plantas surgiam do próprio ambiente. (grifo nosso) Para ele, sapos e rãs surgiam do solo (grifo nosso) úmido, moscas se formavam a partir da carne apodrecida etc.
Na Idade Média havia até receitas para produzir ratos: bastava colocar grãos de trigo dentro de saquinhos de panos em porões úmidos e sombrios, para que se transformassem logo em ratos. Esse tipo de explicação para a origem dos seres vivos é conhecido como a Teoria da Geração espontânea. Mas, essa teoria foi pouco a pouco sendo combatida, até ser desmentida. (SILVA, 1996, p. 49).

A intenção ao extrair esse fragmento de texto foi a de propiciar-lhes a possibilidade de uma familiarização com autores que também se preocupam com o ambiente, haja vista que os vocábulos, fruto de nosso questionamento são freqüentes nestas descrições. Neste primeiro fragmento a curiosidade prende-se ao saber da origem humana, no entanto dois vocábulos recebem grifo nosso confirmando nossa hipótese, ou seja, ambiente e solo, neste caso está referindo-se ao meio de vivência de seres. Porém estes autores não tiveram a felicidade de apresentar uma proposta de modelo educacional onde o educando pudesse aprender e compreender a necessidade de praticar projetos para sanar a degradação do meio. No entanto todos eles abordam com muita freqüência o binômio meio ambiente e seus correlatos. Fico preocupado em ser enfadonho tendo em vista terem sido muitos os textos pesquisados e as justificativas a serem sempre as mesmas por isso a paciência de todos é fundamental.
Observem vocês que em 1668, um pesquisador italiano, “Francesco Redi”, (Id., 1996, p.49) demonstrou os resultados interessantes de um experimento seu como pode ser visto a seguir:

2.3.1. Experimento de Redi

Redi colocou pedaços de carne em dois vidros. Um ficou destampado e o outro foi coberto por uma gaze. Moscas podiam pousar dentro do primeiro vidro, mas não entravam no segundo. Apesar da carne apodrecer nos dois recipientes, só no primeiro apareciam larvas de moscas. Redi queria mostrar que não era a carne que se transformava em moscas. A carne servia de alimento para o desenvolvimento das larvas nascidas dos ovos que eram depositados sobre ela. Nenhum ser vivo consegue se instalar, viver e sobreviver se não tiver uma relação com outro ser vivo e com o ambiente (grifo nosso) onde se encontra. Os seres de uma mesma espécie dependem uns dos outros para o acasalamento, produção de filhotes e perpetuação. Os grupos formados pelos indivíduos de uma mesma espécie, vivendo em um mesmo local, formam uma população. Os ecossistemas são, portanto, o retrato fiel da integração entre os seres vivos e os ambientes em que se encontram. (grifo nosso). A temperatura de uma região é um fator ambiental muito importante na distribuição de plantas e animais pelo planeta. É claro que em cada caso, existem adaptações especiais para suportar o clima predominante. (Id. 1996, p.49).

Ao fazermos uma comparação Aristóteles/Redi, observamos que o primeiro afirmava que os animais e as plantas surgiam do próprio ambiente o que chamou de Geração Espontânea inclusive apresentando uma receita para se fazer ratos. Porém Redi com seus experimentos deixa transparecer que a afirmação de Aristóteles não tinha fundamento. Na busca da verdade quero assim acreditar que as citações seguintes trarão outras informações a respeito do que se pensava da evolução, e acredito que num determinado instante uma teoria seja dada por aprovada, até que possa surgir uma nova hipótese para questionamento. No entanto o que mais nos interessa nesses contextos é observarmos a confirmação do binômio meio ambiente e do vocábulo ambiente com seus cognatos o que os autores por mim pesquisados não pouparam ao descrevê-los.

2.3.2. Prestígio Científico

Jean Baptiste Lamarck foi um cientista francês que viveu 1744 a 1829 e teve muito prestígio em sua época. Lamarck imaginava que os seres vivos se transformavam para se adaptar melhor ao ambiente. (grifo nosso) Veja, como ele explica o fato de a girafa ter o pescoço comprido. Segundo Lamarck, os ancestrais da girafa tinham o pescoço curto e comiam ervas rasteiras. Quando não havia mais ervas rasteiras, as girafas passaram a esticar o pescoço para comer arbustos. Uma geração, depois outra, e o pescoço cada vez maior, a girafa sobrevivia, pois conseguia comer os brotos das árvores mais altas. Hoje, sabemos que Lamarck estava errado. Mas também, na época dele, não havia nenhuma explicação para as transformações das espécies. Lamarck pensava que o ambiente (grifo nosso) forçava o ser a se transformar para adaptar melhor a ele. (Id, 1996, p.65).

Vemos aqui que Lamarck com sua imaginação demonstrou muito prestígio ao explicar o fato de a girafa ter pescoço comprido ou curto e a relação que esse fato tem a ver com o uso feito da estrutura segundo as necessidades impostas a ela pelo ambiente. Porém, sabemos que esta e outras hipóteses foram das primeiras a surgir, sabemos da necessidade destes conhecimentos, sabemos ainda que o acerto somente virá se houver tentativa o que é peculiar, qualquer pessoa que é dedicada a um trabalho científico e isto acontece comigo ao desenvolver minha hipótese que tem como objetivo provar a necessidade de E/A Pró-Recuperação de Recursos Naturais, no entanto nas minhas tentativas para acerto tenho que recorrer a estas obras para observar suas relações com o ambiente na próxima citação, perceberemos uma substancial evolução entre estes pensadores /cientistas que de qualquer forma demonstraram suas preocupações nesta área ambiental.



2.3.3. O papel do ambiente

Charles Darwin (1809 a 1882) é considerado um dos maiores cientistas de toda a humanidade. Em 1831, com 22 anos, Darwin fez uma interessante viagem pelo mundo, observando e colecionando animais, plantas, rochas e fósseis. Durante os cinco anos de viagem, Darwin, teve muitas ocasiões para constatar que as plantas e os animais eram diferentes de um lugar (grifo nosso) para outro. Aos pouco, ele foi se convencendo de que havia uma relação entre os ambientes “grifo nosso” e as diferenças que as plantas e os animais apresentavam. Vamos resumir as idéias de Darwin, a respeito da evolução: *Em seu ambiente (grifo nosso) natural, o número de indivíduos de uma população tem a tendência de aumentar sempre, por causa da reprodução. * Havendo muitos indivíduos, a comida começa a faltar e o espaço (grifo nosso vai ficando pequeno. Nesse caso, a competição entre eles aumenta. *Os indivíduos de uma população não são todos exatamente iguais. Existem pequenas diferenças entre eles quanto à forma, tamanho, cor, etc. *As condições do ambiente (grifo nosso) vão determinar quais as variedades que terão maiores facilidades para se proteger, nutrir, reproduzir, etc. Refletindo sobre tudo o que viu, anotou e estudou, Darwin concluiu que o ambiente (grifo nosso) faz uma seleção natural das variedades que têm melhores condições de sobrevivência. O ambiente natural (grifo nosso) seleciona certas variedades e elimina outras. (Id, 1996, p. 65).

Conforme (Silva, 1996) percebemos que Silva/Darwin trazem a definição aceitável sobre a teoria da evolução, porém chamo a atenção neste trecho para que o leitor perceba que quando Silva/Darwin mencionam: os animais eram diferentes de um lugar para outro ou a comida começa a faltar e o espaço vai ficando pequeno, ou o ambiente faz uma seleção natural, os vocábulos (lugar, espaço e ambiente) referem-se ao meio de vivência desses seres que são os mesmos espaços onde o homem poderá habitar, se educar, danificar e ou recuperar o ambiente, fruto da preocupação deste autor conforme nossa hipótese.
Na seqüência analisaremos a moderna Teoria da Evolução.

2.3.4. A moderna Teoria da Evolução

A Teoria Moderna se baseia em dois pontos principais: *As características de uma espécie de ser vivo sofrem lentas transformações naturais ao longo do tempo e completamente ao acaso. Quando surge uma característica nova, o ambiente (grifo nosso) poderá aceitá-la ou não, isto é, ele faz uma seleção. (Id, 1996, p. 66).

Numa monografia que se preze faz necessário trazer ao leitor todos detalhes de um fragmento textual onde haja contribuição hipotética, isto porque uma hipótese precisa das várias confirmações possíveis, no texto acima Silva, (1996), o detalhe é: quando surge uma característica nova o ambiente poderá aceitá-la ou não, o grifo nosso parece ser marca registrada, aproveito para dizer que mesmo não estando grifo nosso todas vezes que surgirem os vocábulos meio ambiente ou correlatos, subentende-se que chamamos a atenção, pois esses vocábulos nos fazem lembrar da necessidade do paradigma que discipline urgentemente Educação Ambiental Pró-Recuperação de Recursos Naturais, pois temos evidências da falta desse conhecimento tão constante na vida escolástica da comunidade mundial.

2.3.5. A seleção natural

Os indivíduos de uma mesma espécie podem apresentar bicos de formas diferentes. A população aumenta e muitos indivíduos começam procurar outros locais (grifo nosso) lugar, em que o tipo de alimento existente vai favorecer os pássaros com os bicos que tenham a forma mais adequada. Portanto, não foi o ambiente (grifo nosso) que criou os diversos tipos de bicos, pois eles já existiam bem antes. ambiente (grifo nosso) fez a seleção dos tipos mais adaptados às condições de alimentação de cada lugar. Com o passar do tempo, outras pequenas mudanças podem ocorrer, alterando características como a cor, o tamanho, a forma da asa, etc. Enquanto isso, o ambiente vai fazendo a seleção dessas novas características. Milhares e milhões de anos depois podemos encontrar espécies bem diferentes umas das outras, embora todas possam ter se originado de um mesmo antepassado. Espécies atuais diferentes entre si podem Ter evoluído de um mesmo antepassado. (SILVA, 1996, p.67).

Percebe-se no texto acima que Silva, fala de uma seleção natural que ocorre no meio ambiente onde segundo ele, indivíduos da mesma espécie podem apresentar bicos de formas diferentes além do crescimento populacional de espécies que procuram outro lugar e conforme o tipo de alimento existente haverá um processo de adaptação das espécies nos devidos locais ambiente, vejam bem, quando se refere esses locais estará havendo referência ao ambiente e isso é prova de que minha hipótese está no caminho certo continuaremos nesta tarefa de pesquisas sabendo que assim mesmo é um processo agradável porém requer muita dedicação e amor à arte, vamos continuar a próxima etapa:

2.3.6. Transformações ambientais

Componentes do ambiente, suas interações e transformações.
Esta unidade trata dos fatores determinantes das transformações na hidrosfera, na atmosfera e no solo. É aqui que são discutidas as condições que possibilitaram o surgimento da vida e posteriormente a distribuição dos seres vivos no planeta. Os mecanismos de adaptação dos habitantes do planeta, às modificações surgidas ao longo do tempo, também são tratados nesta unidade. (Id, 1996, p. 98). Vede seqüência.

Vocês hão de convir que as citações de Silva referentes ao cientista Darwin trazem uma noção aceitável sobre origem e evolução da vida, deixando claríssimo que todos estes eventos aconteceram e/ou acontecem no ambiente de vivência dos seres; assim sendo continuarei meu caminho de pesquisa e as citações subseqüentes demonstrarão a própria Terra como ser vivo o que para este autor está muito evidente, pois, é ela (Terra) o único ambiente dos seres vivos, acompanhemo-las com muita reflexão.


2.3.6.1. Terra: um planeta vivo

A vida, tal como a conhecemos no planeta Terra, existe e se perpetua por causa de certas condições físicas, químicas, climáticas e nutricionais. Dentre as inúmeras condições, quais seriam as principais? Luz – Fator fundamental para que haja fotossíntese, processo mais importante para a produção de matéria orgânica tanto no ambiente terrestre, quanto no aquático. (grifo nosso). Temperatura - (calor) a vida se processa de modo normal num intervalo de 0°C até 50°C abaixo e acima dos valores citados, a existência de vida se torna difícil para grande número de espécies.
Oxigênio – Indispensável para todos os seres que fazem respiração aeróbia. O teor de oxigênio no planeta é mantido constante graças à fotossíntese que o libera. (Id, 1996, p. 99).

Observa-se que os textos mencionam os ambientes tanto terrestres quanto aquáticos, e aqui chamo a atenção, pois confesso que nas minhas pesquisas é a primeira vez que um autor dá ênfase ao sistema ambiental aquático, detalhes fragmento a seguir. Silva (1996), destaca com muita propriedade este meio espaço natural além do fator referente à temperatura ambiental fundamental para existência vital nestes espaços. Ainda citando o mesmo Silva veremos na seqüência as citações referentes ao sistema de nutrição no ambiente vocábulos que não poderão estar alheios as nossas reflexões.

2.3.7. Nutrição

Nutrição – Os minerais indispensáveis aos processos biológicos estão dissolvidos na água ou estão presentes no solo. As plantas são os grandes responsáveis pela retirada desses produtos do ambiente (grifo nosso) e de sua “transformação” em matéria viva. Através das cadeias alimentares, as substâncias químicas minerais e orgânicas passam de um ser a outro num ciclo contínuo que garante a manutenção da vida no planeta. Os diversos fatores do ambiente (grifo nosso) não agem isoladamente e sim em conjunto. Desta forma, o planeta oferece espaços cujo conjunto dos fatores permite o desenvolvimento desta ou daquela comunidade. Compare o mapa dos climas com o mapa das formações vegetais e você verá as coincidências em vários lugares de nosso planeta. Oxigênio – Quando a Terra se formou, o oxigênio existente se combinou com os metais, formando óxidos que são abundantes na crosta terrestre, a atmosfera primitiva não tinha oxigênio. No processo da fotossíntese, a água é decomposta em hidrogênio e oxigênio. Enquanto o hidrogênio é aproveitado na produção dos compostos orgânicos, o oxigênio, não servindo para mais nada, é eliminado para o ambiente. (grifo nosso) A fotossíntese é responsável pela oxigenação do planeta. (Id, 1996, p. 100).

Observamos neste texto que a nutrição depende de fatores biológicos assim como dos recursos minerais indispensáveis ao processo vital. Podemos observar ainda que as plantas são grandes responsáveis pela retirada desses produtos do ambiente ficando evidente que para continuarmos mantendo um ambiente saudável precisamos preservar a natureza em todos os âmbitos possíveis assim como o mar que é considerado o maior ambiente natural de nosso planeta.
Em relação à vida neste ambiente e a discussão no âmbito da Educação Ambiental vemos o seguinte: é notório que a destruição florestal e o crescimento industrial trouxeram grandes ruínas aos ambientes naturais de um organismo ou população, o que não é diferente neste espaço ocupado por ¾ parte do globo terrestre, onde o homem apenas destruiu sem pensar nas conseqüências futuras, ou seja, este ser racional parece ter enxergado apenas o seu umbigo, o que faz com que todos nós paguemos hoje pelo mau que fizeram ontem. Quero com isto dizer que destruíram o ambiente sem pensar nestas graves conseqüências, não raciocinaram a respeito de recuperação de recursos naturais. A esse respeito vejamos o texto seguinte:

2.3.8. A Vida no Mar

Ocupando ¾ partes do globo terrestre, o mar é o maior ambiente (grifo nosso do planeta. O contrário do ambiente terrestre (grifo nosso) que é muito variável, o mar é mais uniforme graças à circulação de suas águas. No mar, como na terra, encontramos seres produtores, consumidores e decompositores. (SILVA, 1996, p.102.). A lula chamada Sepia vive nas proximidades do fundo arenoso, sua capacidade de mudar de cor confundindo-se com o ambiente (grifo nosso) é de extraordinária importância na sobrevivência da espécie, pois, com esse procedimento, evita seus inimigos e não desperta a atenção de suas presas.O ambiente (grifo nosso) e vida se transformam. (Id, 1996, p.104.). Desde que surgiu há cerca de 4,5 bilhões de anos, a Terra não parou de se transformar. No início, a Terra era muito quente, as radiações solares incidiam sobre ela sem nada para filtrar a radiação ultravioleta e, certamente, a vida era impossível. O esfriamento gradual do planeta, o lançamento de vapor d’água pelos vulcões, e formação dos primeiros lagos e oceanos e a realização de importantes reações químicas foram fatores que propiciaram o surgimento de vida na Terra. Pela mesma razão que o surgimento da vida se relacionava com os fatores e as condições oferecidas pelo ambiente, (grifo nosso) é natural que à medida que a Terra foi sofrendo transformações, a vida também foi se modificando, se adaptando e se perpetuando. Considerando que o ambiente (grifo nosso) está em constante e contínua transformação, para que uma espécie sobreviva, é necessário que tenha variedades genéticas que possam produzir características variadas. Se a característica apresentada está de acordo com as condições do ambiente, (grifo nosso) haverá filhotes, a mortandade será pequena e a espécie se perpetua. Os peixes dominam o meio (grifo nosso) aquático. (Id, 1996. p. 107). Há mais ou menos 450 milhões de anos atrás, num período que os continentes denominaram de Ordoviciano, os rios e lagos de água doce da época abrigavam um pequeno animal, cujo tamanho não passava de 30 cm. Seu corpo era envolvido por uma casca feita de material semelhante a osso. Por causa disso, esse animal deixou vestígios fósseis tão bem conservados que até se pode saber que ele sugava a lama do fundo alimentando-se de detritos variados. Os cientistas deram para esse “peixe primitivo” o nome de ostracodermo. A partir do Período Devoniano, há 350 milhões de anos atrás, os ostracodermos foram se extinguindo. (Id, 1996, p.110). Um outro tipo de transformação das comunidades e do ambiente (grifo nosso) se passa num tempo um pouco menor, que se pode medir em algumas centenas ou milhares de anos. É o caso das chamadas sucessões ecológicas. A expressão sucessão ecológica é empregada para referir ao fato de que na natureza, as comunidades vão se substituindo, umas às outras, até que se chega a uma comunidade tão equilibrada com o meio ambiente, (grifo nosso) que se diz que ela é a comunidade clímax, ou, simplesmente, clímax. (Id, 1996, p. 117).

Nesta altura de campeonato o leitor já se pergunta aonde se vai com tantas explicações. A verdade é que tudo isso vem para justificar a necessidade de um paradigma que venha disciplinar a Educação Ambiental Pró-Recuperação de Recursos Naturais, e que na discussão onde se utilizam os vocábulos: ambiente, meio e seus correlatos, estão evidentes as propostas de: interação social, criação de projetos pró-coleta seletiva entre outros. Ao dizer isso, justifico que uma monografia requer muito embasamento, daí esta busca em autores que demonstram freqüentemente estas escrituras como é o caso de Silva (1996) em minhas citações bastante longas. Porém estou certo que o leitor estará bastante consciente do objetivo deste trabalho principalmente no que se refere ao meio ambiente já que fiz questão de colocar grifo nosso para marcar estes vocábulos e cognatos para que todos percebam meu comprometimento com a natureza e as minhas sugestões para sanear os problemas referentes a E.A. sem discriminação no sistema educacional. Os textos subseqüentes trarão outras citações tão importantes ao esclarecimento de nosso espaço quanto às contribuições anteriores, que denotaram a vida no mar, ambiente tão rico em vida e que ocupa ¾ da Terra e foi berço da expansão comercial. Assim veremos a seguir o homem sendo o único responsável pelas vidas neste ambiente.

2.3.9. As conseqüências da Agricultura no Período Neolítico e Educação Ambiental

Agricultura e suas conseqüências
Foi no Período Neolítico (período em que o homem primitivo já usava ferramenta de pedra polida como machados, facas e arpões) que alguns grupos se instalaram em ecossistemas descampados onde havia algumas espécies de plantas e de animais para seu uso. Para uma população pequena, isto era suficiente. Com o tempo, a população aumentou e foi preciso procurar outros ambientes. (grifo nosso) Aos poucos as florestas começaram a ser ocupadas. Como as ferramentas eram muito primitivas, o homem usava o fogo para abrir clareiras na mata e ter lugar para plantar. Em região subtropical, o desflorestamento produz uma área de estepe, árida e seca. Em região tropical, com muita chuva, o desmatamento dos morros apressa a erosão e a agricultura se torna impossível. Sobram os vales encharcados para plantação de arroz. Nas zonas temperadas, mais favorecidas, a floresta foi substituída por campina à base de cereais associados com a criação de vacas, cabras e ovelhas. (Id, 1996, p. 180.). Desequilíbrio da flora. O simples fato de eliminar as espécies naturais, substituindo-as por outras que não são originárias da região, já causa um dano irreparável ao meio ambiente. (grifo nosso) Além do mais, escolhendo o padrão genético das variedades que vai cultivar, o homem altera o chamado “banco de genes” da natureza. (Id, 1996, p. 184.).

Os fragmentos apresentados acima nas referidas citações denotam o uso das ferramentas e há de se perceber que estes eventos aconteceram nos sistemas educacionais, pois me baseio no fato de a educação ser o processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando à sua melhor integração individual e social, e sendo assim a aprendizagem é um processo constante. Vemos que o homem fez fogo para abrir uma clareira e essa experiência teve início no Período Neolítico, (Id, 1996, p. 184). O simples fato de eliminar as espécies naturais, substituindo-as por outras que não são originárias da região, já causa um dano irreparável ao meio ambiente vejamos no relato a seguir a descrição sobre a ocupação humana.

2.4. A OCUPAÇÃO HUMANA

A ocupação humana elimina espécies da natureza
A biodiversidade ou diversidade biológica é a expressão que se usa ao se falar em variedade de espécies existentes, sejam elas de animais, de vegetais, de fungos, de bactérias ou dos microorganismos em geral. O número de espécies, hoje, é de alguns milhões e os cientistas acreditam que só na floresta amazônica ainda existem milhares para serem descobertas. Por enquanto basta saber que existem porque foram selecionadas pelos inúmeros fatores do ambiente. (grifo nosso) Se foram “aceitas”, é sinal de que a relação com o ambiente “grifo nosso” é, no mínimo, harmoniosa. Isto para não dizer que, às vezes são indispensáveis. Durante muitos anos o camponês utilizou-se das espécies vegetais e animais que eram próprias de sua região. Isto ainda pode ser visto nos Andes, onde os animais domesticados em maior quantidade são a lhama e guanaco, típico da região andina. Esta situação começou a mudar quando, necessitando produzir mais alimento em tempo mais curto e com custos menores, houve o desenvolvimento de uma nova tecnologia com o uso de tratores, semeadeiras, colhedeiras, biocidas, fertilizantes, etc. A agricultura se tornou mais produtiva, mas a natureza pagou um preço muito alto: a diminuição gradual da biodiversidade, já que os agricultores, passaram a usar sementes selecionadas de um mesmo tipo. Aparentemente isto foi muito bom, se olharmos os seguintes exemplos: Hoje, uma mesma região chega a produzir três vezes mais trigo do que há quarenta anos atrás. * Vacas leiteiras selecionadas produzem até 10.000 litros de leite por ano, ou seja, quase 28 litros por dia, ou o dobro do que produzia há 20 anos. Este progresso quantitativo se deveu a dois fatores básicos: utilização de inúmeros produtos industrializados e padronização das variedades ‘genéticas, com a eliminação das antigas variedades que se desenvolveram em harmonia com o ambiente natural (grifo do autor). (Id, 1996, p.188).

A ocupação humana elimina espécies da natureza e isto é um fato que me deixa muito preocupado sem poder fazer muito (pelo fato de uma andorinha só não fazer verão), porém a alternativa é alcançarmos uma conscientização para o despertar da recuperação de recursos naturais, pois apesar de muito já ter sido destruído ainda vale a pena fazer alguma coisa. Pois bem, o leitor já deve ter percebido que não é o objetivo deste autor estar repetindo palavras dos fragmentos somente para dizer as mesmas coisas dos tais, porque você lendo-os irá entendê-los; minha pretensão é saber se o leitor já entendeu o que quero provar. Quero provar que educação só poderá acontecer num ambiente qualquer porque tudo que nós fazemos onde quer que estejamos fazemos no meio ambiente isto é questão sine qua non.

2.4.1. A destruição dos ambientes (grifo nosso) aquáticos

O homem não ameaça apenas as espécies terrestres. Sua ação devastadora avança pelos rios, lagos e mares. Os aterros para aumentar as cidades arrasam mangues e baías. Petroleiros que lavam seus tanques próximos ao litoral aniquilam a fauna e a flora litorânea. O lançamento de esgotos industriais e domésticos nos rios e mares, mesmo com tratamento, causa alterações na composição química do “grifo do autor” ambiente, provocando séria poluição, ameaçando as espécies mais sensíveis. O crescimento populacional obriga a uma exploração mais intensa dos recursos do mar e este não tem tempo suficiente para se renovar. A água quente lançada no mar por indústrias, como as de fabricação de sardinhas em conserva, desoxigena a água a ponto de impossibilitar a vida animal nas vizinhanças. Os ecossistemas estão ameaçados. As espécies naturais estão ameaçadas. (Id, 1996, p. 188).

Conforme relatos sobre ambientes aquáticos despertaram nossas atenções o fato de como o ser humano pode ter a capacidade de desenvolver tantas técnicas evolutivas, tanto nas invenções alimentares (inseminação artificial, transgênicos) quanto à tecnologia da pedra polida ao moderníssimo computador. Ainda assim o homem é sabedor da poluição que criou no nosso planeta Terra e muito pouco desenvolveu para salvá-lo, sabemos que os manguezais são soterrados para construção de imóveis e indústrias continuam jogando seus detritos no mar, rios e lagos. Alguns cientistas tentam mostrar que esta degradação traz prejuízos à sobrevivência das pessoas, até os dias atuais parece que este é um assunto sem solução apesar das discussões em conferências sobre meio ambiente. Preocupado com a vida no mar. Silva (1996), até a mim surpreendeu, quando no fragmento de texto apresentado anteriormente expressou a sua preocupação com esta grande fonte alimentar danificada pelo despejo de esgotos e prejudicada direta ou indiretamente por estratégias humanas de geração energética.

2.4.2 Consumo energético e poluição

Até o desenvolvimento da civilização industrial, em meado do século XIX, as perturbações causadas ao meio ambiente (grifo nosso) eram muito pequenas, o crescimento da indústria determinou o maior consumo de madeira, depois de carvão, mais tarde derivado de petróleo, energia elétrica e, mais recentemente, energia nuclear. A queima de petróleo lança alguns bilhões de toneladas de carbono na atmosfera, intensificando o efeito estufa. O enxofre, também presente no petróleo, é liberado sobre a forma de dióxido de enxofre (SO2), um dos importantes causadores da chuva ácida. Um engarrafamento de trânsito pode causar estragos impossíveis de serem concertados. (Id, 1996.p. 191).

Numa comparação feita ao antes do meado do século XIX, Silva, descreve sobre o consumo energético e poluição que até o início do desenvolvimento da civilização industrial não causava tantas perturbações ao ambiente porque eram muito pequenas, no entanto a partir do desenvolvimento propriamente dito subentendemos o início desse processo que vem massacrando nosso espaço ambiental, o que começou com o maior consumo de madeiras, carvão e derivado de petróleo como vimos nesse fragmento, como não podia deixar de ser, vemos as conseqüências causadas pelo carbono e pelo enxofre a nossa atmosfera, e ao meio ambiente, vejamos, mas no texto seguinte.

2.4.3. Revolução Industrial e Educação Ambiental

Do século XXI acelerou o processo de interferência no ambiente. (grifo nosso) As máquinas, fruto de avanços científicos e tecnológicos, permitiram o surgimento de indústrias que consumiam muita energia e lançavam restos nas águas, solo e ar. A partir da Revolução Industrial os avanços científicos e tecnológicos ocorreram com incrível rapidez. Surgiram os sintéticos, os inseticidas, os agrotóxicos, os adubos químicos e outros. Passou a ser moda usar e jogar fora! Agora não é só interferência nos ciclos, surgiu algo terrível para todos os habitantes do planeta a poluição. Aceleradamente as sociedades modernas vão envenenando o ar que respiramos, a água que bebemos e o solo em que plantamos. Parece que o homem não faz parte da natureza! (Id, 1996. p. 209).

Este fragmento denota a evolução da Revolução Industrial que no século XXI, tem acelerado o processo de interferência ambiental e com estes eventos o ar que respiremos, a água que bebemos e usamos no nosso dia-dia, e o solo no qual plantamos sem dúvida grande parte, estão envenenados; aí Silva exclama, (parece que o homem não faz parte da natureza!) Aqui eu faço questão de trazer a definição de Natureza descrita por Ferreira (Natureza; 1 todos os seres que constituem o Universo). O que quero aqui é uma reflexão dos leitores, e entendam que se tratando do que chamamos de Natureza relativa ao espaço ambiental precisamos, subentendemos observar: somos seres, fazemos parte do todo, logo então somos Natureza e estamos interagindo no ambiente.
Finalizo aqui as bastantes contribuições de Silva, partindo para outros contribuidores.

2.5. PRÉ HISTÓRIA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Heródoto Barbeiro, (1976). História Geral
“O homem do neolítico exercia maior domínio sobre meio que o cercava. (grifo nosso) A obtenção de alimentos melhorou com o desenvolvimento do pastoreio e da agricultura que abria perspectivas para uma nova era de transformações conhecidas como a Revolução Neolítica. Esta foi a idade das grandes migrações, com o homem dispersando-se por toda a Terra, procurando melhores condições de sobrevivência. Assim, a cultura neolítica distinguiu-se pela fiação, cerâmica, construção de habitações e a fazer fogo artificialmente. O trabalho obrigou o homem a uma maior divisão das tarefas as instituições sociais começaram a solidificar-se. A família deixou de ser apenas um composto biológico para ser a segurança da sobrevivência, ocorrendo tanto a poligamia (um homem para várias mulheres) como a poliandria (uma mulher para vários homens). O pensamento pré-lógico do homem do paleolítico inferior levou-o a praticar, mais por temor que por crença, as primeiras centelhas da religião. . . (BARBEIRO, p. 12.). A evolução religiosa influiu poderosamente na organização do clã, da tribo e mesmo do Estado, no entender de Freud. Os tabus proliferavam, considerava-se como possuidor de um espírito e os rituais serviam para aplacar a ira de um rio ou de um animal tomado como totem. Na evolução neolítica, a existência de divindades passou a ser considerada e os rituais tomaram forma de súplicas e pedidos. Além das instituições familiar e religiosa. O Estado delineou-se no Neolítico, surgindo da necessidade de se organizar e congregar todos os membros da tribo, no sentido de defesa e ataque e manutenção de áreas de caça. Em um estado de crise, o líder assumiu o controle político e passou, muitas vezes, a ser considerado quase um deus. Nas sociedades hidráulicas, como no Egito, o chefe político valeu-se do controle das águas e dos canais de irrigação para dominar os demais. Membros do Estado dependiam a ordem e a preservação dos direitos adquiridos pelos elementos que o compunham. (Ibid, 1976, p. 13).

O fragmento que hora denoto traz em seu conteúdo esclarecimentos importantes ao nosso trabalho monográfico ao começar, percebemos que o autor dá um esclarecimento sobre a nova área de transformação conhecida como Revolução Neolítica, idade das grandes migrações além do enfoque no pensamento pré-lógico do homem do Paleolítico inferior, vemos denotado, que o homem se espalha por toda Terra este ambiente comum a todos nós que formamos a natureza está no fragmento, construções de habitações manutenção de áreas de caça, o que mais preciso para firmar que Barbeiro, também contribui em minha hipótese, (esta manutenção de área) é prova viva de aprendizado creio que estou cada vez mais convencido que estamos no caminho certo basta cada um pegar seu bastão e fazer sua parte neste processo de educação ambiental pró-recuperação de recursos naturais, veja que contribuição quando ele diz exercia maior domínio sobre o meio que o cercava (este meio que o cercava ) é sem dúvida referente o ambiente habitat das pessoas ou seja dos seres, e seres também são os humanos então o entendido deverá ser preservar para não precisar recuperar, vamos a mais um fragmento desse grande contribuidor.

2.5.1 Povos Mesopotâmicos e Educação Ambiental

O Ambiente (grifo nosso) dos Povos Mesopotâmicos.
“Costuma-se dizer, geograficamente, que a Mesopotâmia é a região da Ásia Menor que está compreendida entre os dois rios Eufrates e Tigris, onde predominam condições semelhantes ao Egito, pois os dois rios fornecem facilidades excelentes ao transporte de mercadorias, à irrigação das terras, além de ervas ribeirinhas e peixes serem abundantes. O regime dos rios está preso ao derretimento de neves das grandes altitudes do interior do continente asiático, inundando as terras, propiciando a aberturas de canais de irrigação e a construção de diques. Apesar da presença das enchentes periódicas dos rios, a Mesopotâmia apresentou certas dificuldades ao estabelecimento das populações ribeirinhas. Essas cheias eram poucas regulares, além do clima seco e das doenças tropicais, o que tornava o trabalho do solo mais difícil, apesar de sua fertilidade.
Povo Mesopotâmico e a Propriedade Privada.
“Civilização como a dos Sumérios, Acades, Amoritas, Elmitas, Caldeus, Assírios e mais um sem número de tribos lutaram pela posse das terras Ásia Menor que está compreendida entre os rios Eufrates e Tigris, onde aráveis, o povo das planícies, os agricultores, viviam assediados desde as épocas dos primeiros estabelecimentos humanos na área. As civilizações próximas aos rios puderam se desenvolver mais, sendo mais notáveis nos aspectos econômicos e culturais, originando sociedades hidráulicas com a instituição de um Estado baseado na posse da água, das terras e na proteção dos Totens. (BARBEIRO, 1976, p.29).

Então o livro consultado e recomendado ao aprendizado de história geral como no meu ponto de vista só se aprende num ambiente qualquer e como estamos aprendendo num ambiente esta educação é por excelência ambiental, o leitor está entendendo creio que sim, pois meu objetivo nesta hipótese é de não deixar nenhuma dúvida prefiro ser enfadonho que não dar segurança as minhas idéias, tudo isto para denotar que no começo desse fragmento vem o (Ambiente dos Povos Mesopotâmicos), preciso dizer mais alguma coisa para provar que a Mesopotâmia é o meio ambiente de moradia e aprendizado daquele povo, seria muita incompreensão não entender meu raciocínio não é então busquemos mais contribuidores desta vez uma contribuição na geografia.

2.5.2. Recursos Naturais e Educação Ambiental

“O espaço terrestre é a fonte de recursos naturais e, no entanto, é danificado. O que são recursos naturais? Recursos naturais são todos os bens fornecidos pela Natureza: os solos, os minerais, a água, o sol (como fonte de luz e calor), os animais o ar etc. Existem dois tipos de recursos naturais: - os renováveis; - os não renováveis. Os recursos naturais renováveis, como o próprio nome diz, são aqueles possíveis de renovação através de certas práticas ou técnicas. Vamos citar um exemplo. Podemos utilizar um solo através da agricultura, durante muito tempo e desgastá-lo, isto é, empobrecê-lo. Entretanto, há possibilidades de recuperá-lo através da adubação e de outras técnicas. O solo volta a ser fértil. O solo é um recurso natural renovável. Mas, quando os “estragos” são grandes, a sua recuperação exige grandes técnicas e dinheiro, fatores que nem todas as sociedades possuem. Os recursos naturais não - renováveis correspondem aos recursos naturais que são destruídos pelo uso. Não apresentam a possibilidade de renovação. É esse o caso, por exemplo, dos minerais *, do petróleo, do gás natural e do carvão mineral. Uma vez utilizados, eles não se renovam, e a Natureza, no entanto, “gastou” milhões de anos para formá-los. (ADAS, 1984, p. 61).
A falta de conhecimento e o desejo de lucro levam muitos homens a danificar* os recursos naturais. a) A Natureza é formada por um conjunto de elementos interdependentes. Para facilitar a compreensão, podemos distinguir vários elementos que compõem a Natureza: as rochas e aos minerais, o solo, os rios, oceanos, mares e lagos, o clima, a vegetação, as aves, insetos, peixes e todos os outros animais, Inclusive o homem. Entre todos esses elementos existe uma interdependência, isto é, um depende do outro. Se um desses elementos se modifica ou se altera, todo conjunto também se altera. Vejamos um exemplo. Com o aumento da população, muitos espaços terrestres “grifo nosso” foram ocupados pelo homem. Nesse processo de ocupação do espaço, muitas áreas florestais, por exemplo, foram desmatadas. O desmatamento provocou, em certas áreas modificações importantes nos elementos naturais.
De que forma isso ocorreu? Sabe-se que as plantas, através de suas raízes, retiram água do solo e, através de suas folhas, a transpiração (perda de água sob a forma de vapor, através das folhas). A água resultante da transpiração é evaporada pela ação do vento ou do calor, indo para a atmosfera. Esse vapor de água forma as nuvens e estas as chuvas. (Ibid. 1984. p. 62).
Desse modo, ocorrendo o desmatamento, esse processo de transpiração/evaporação será interrompido, o que dificultará a formação da chuva e modificará o clima local.
Entretanto, o desmatamento não alterará apenas o clima. Provocará alterações em outros elementos da Natureza. Quais alterações serão produzidas? *Erosão do solo, pois sem a cobertura vegetal o solo é mais facilmente erodido pelas águas, pelo vento ou pelas geleiras. *Migração (deslocamento de um lugar para outro) de animais, pois haverá modificação no habitat (lugar em que vivem). (grifo nosso). *Modificação no nível das águas dos rios, por causa da diminuição da chuva. Percebe-se, assim, que a Natureza é um conjunto interdependente. Nada é isolado, tudo se relaciona. Se alterarmos um dos elementos, outros poderão ser alterados.b) Nem os homens compreendem que a Natureza é a fonte de recursos ou de vida A maior parte das pessoas não percebe que a Natureza deve ser respeitada e compreendida (grifo nosso) em seu conjunto, pois assim, poderiam ser tomados certos cuidados para não danificá-la em benefício da própria sobrevivência da nossa civilização e das gerações *futuras. No entanto, há muito o homem no seu relacionamento com o ambiente, (grifo nosso) vem “agredindo” brutalmente a Natureza. Tal fato tornou-se mais intenso após a Revolução Industrial, isto é, quando na Inglaterra, a partir de 1750, surgiram as primeiras máquinas e com elas a atividade industrial moderna. Posteriormente, isto é, durante o século XIX, a Revolução Industrial espalhou-se para outros países (França, Alemanha, Itália, Estados Unidos, Japão, Bélgica e Rússia), ampliando as agressões dos homens ao meio ambiente. (grifo nosso). Com a Revolução Industrial, ocorreu uma grande urbanização (fundação e crescimento de cidades). Os homens passaram a viver mais aglomerados em cidades. Isso provocou de forma mais intensa, problemas de onde depositar o lixo, de abastecimento de água, de rede de esgoto, de habitação e muito outros. As fábricas se multiplicaram e passaram a poluir a atmosfera com fumaça carregada de substâncias prejudiciais a saúde. Os detritos resultantes do processo de fabricação de certos produtos começaram a ser jogados nos rios, poluindo as águas límpidas e cheia de peixes. (Idib. 1984. 63).
A poluição de origem industrial e doméstica constitui uma ameaça. O rio “morre” quando suas águas se tornam tóxicas *, sem dispor de oxigênio para a vida animal e vegetal. A busca do lucro ignora os prejuízos causados ao meio ambiente. (grifo nosso) O crescimento populacional exigia maior produção de alimentos. Para tanto, derrubavam–se matas para o plantio de alimentos ou para a criação de gado ou ainda para o plantio de vegetais, como o algodão, que fornece a fibra para a fabricação de tecidos. Com isso, transformava-se o ambiente, (grifo nosso) através da erosão do solo, da expulsão de animais, pois nenhum cuidado era tomado em relação à Natureza. A necessidade de produzir energia elétrica levou o homem a construir barragens e usinas hidrelétricas, modificando profundamente o curso dos rios e a vida animal neles existente. Principalmente o desejo de desenvolvimento material ou de lucro tem levado as sociedades humanas a danificarem a Natureza de forma drástica. Muitos homens têm esquecido ou não têm se importado com o fato de na Natureza tudo se relaciona. Que ela é um conjunto formado de elementos interdependentes. Só se interessam pelo que a Natureza pode lhes fornecer de lucro material, isto é a quantidade de dinheiro. (ADAS, 1984. p.65).
O homem transforma o espaço terrestre (grifo nosso) através do trabalho.,O homem diferencia-se dos outros animais, principalmente porque produz através de seu trabalho. Podemos distinguir os homens dos outros animais através de várias criações: o ato de pensar ou criar idéias, a comunicação através da palavra e, principalmente porque produzem seus meios de existência através do trabalho. Você poderá ficar em dúvida quanto à afirmação de que os homens se diferenciam dos outros animais porque produzem o que necessitam através do trabalho. Isso poderá lhe ocorrer porque, observando, por exemplo, a abelha, verá que ela produz sua colméia, ou que a aranha constrói sua teia, ou, ainda, que certos passarinhos constroem seu ninho. Entretanto, é importante saber que o que diferencia o trabalho do homem do trabalho de outros animais é que o homem, da produção, elabora ou constrói o objeto ou o que deseja produzir em sua mente, isto é, ele pensa.

Como disse as contribuições contidas neste texto são para aprendizado em aulas de geografia, no entanto tenho-o adotado para contribuir neste trabalho por ter considerado um dos autores mais compromissados em advertir a respeito dos problemas ambientais causados nos espaços do nosso Planeta a Terra, veja bem as denotações são de 1984 quando muito pouco se falava em degradação do ambiente, no entanto, Adas com muita propriedade denota o que o leitor leu no texto acima e que não haverá necessidade de estarmos repetindo, porém se faz necessária a atenção a alguns trechos e vocábulos, proposto para questionamento; vamos lá: (o espaço terrestre é a fonte de recursos naturais, os recursos naturais renováveis e não renováveis, espaço terrestre habitat lugar em que vivem, erosão do solo, migração dos animais, modificação no nível das águas dos rios, Natureza um conjunto interdependente). Na certeza que se tenha meditado na leitura acima e tenha meditado sobre tudo que o magnífico Adas denotou a respeito do meio e tenha entendido que esta é uma verdadeira aula de educação ambiental, e ficou evidente a necessidade da recuperação de recursos naturais, veja.
Numa comparação entre as escrituras de Silva, Barbeiro e Adas, vemos uma oportunidade precisa; e estamos certo de que os estudiosos deste documentário jamais terão dúvidas quanto à corroboração da nossa hipótese idéia principal nesta monografia.
Além da proposta de Inter. Relação-Social-Humana-Ambiental. Que o leitor se familiarize nesta leitura e observe que desde a preocupação com a origem da vida o homem pré-histórico demonstrou-se preocupado em preservar o ambiente. Com esta ótica está claro; porém somente hão de enxergá-la pessoas que porventura se preocupem com o meio onde vivem e isto os três atores demonstraram muito bem haja vista tantas vezes que mencionam preocupações com meio, acredito que como eu despertaram para os problemas ligados com a degradação da natureza reforçando esta idéia recomendo, estudem repetidas vezes os textos acima e os que hão de vir, pois farão parte na preocupação deste autor vou lhes proporcionar o melhor conteúdo possível. Creio que o leitor haverá de entender o porque desses que apesar da Ciência, da Geografia e da História deixarem claro que o espaço onde o homem vive é meio o ambiente. Digo mais os vocábulos que destacam grifo nosso, reafirmam nossa preocupação hipotética.
Adas além de citações por várias vezes ao espaço meio ambiente em seus escritos (1985, p. 24) “Se somarmos as forças regulares e as forças paramilitares no mundo inteiro, existem muito mais pessoas com uniforme militares que professores”.
Considero essa posição de Adas, uma crítica ao sistema governamental por não propiciar soluções aos vários problemas ambientais existentes; na ótica deste autor neste documentário se registra uma variedade de problemas ambientais causados no espaço e na natureza. Contextualizo nesta, uma preocupação no sentido de se passar vinte anos, das preocupações de Adas, no entanto hoje, 28/07/2005 no programa jornalístico, da Rede Globo, Bom Dia Brasil, foi exibida uma reportagem, referente ao lixão de Aracaju, cuja deu destaque a mais de mil (1000) crianças e adolescentes que retiravam seus sustento na coleta seletiva de material reciclável, porém isso, acontecia da forma mais desumana imaginável; uma (ong), organização não governamental está realizando um trabalho de resgate a cidadania, sendo destaque do dia, Ana Leide e Ana Lúcia, mãe e filha, sendo que a mãe aprendeu a costurar, e a filha se dedicou como bailarina.
Este é mais um exemplo, dos tantos que observamos no nosso dia a dia em pleno século XXI, é uma prova que somente a educação consciente será capaz de mitigar e resolver para sempre estes problemas ambientais que mais uma vez afirmo: depende do paradigma de nossa proposta.
Neste texto a atenção é voltada para o ambiente de aprendizado da criança e do rapaz onde Montessori, personagem conhecida na pedagogia como uma das mais brilhantes educadoras de todo tempo da educação dá ênfase ao ambiente de aprendizado da criança com um mobiliário adequado à faixa etária da criança, vejamos o texto:

2.5.3. A História da Educação Através dos Textos

De início, depois de ter decidido aplicar o método às crianças normais MOTESSORI/DE Rosa fê-lo apenas na faixa da idade pré-escolar; depois o estendeu à segunda infância. Mais tarde, em alguns países, outras experiências foram feitas e o método foi aplicado até mesmo a adolescentes. É o caso da Dinamarca, onde DE ROSA/ MONTESSORI, (1984) ganhou notável penetração, chegando o método a rapazes de até quinze anos. É o caso ainda, do Liceu Motessori de Amsterdã, onde foi aplicado a jovens entre doze e dezoito anos. Hoje ninguém mais ignora Montessori no campo da educação. É sempre lembrada, quer para ser enaltecida, pelas inúmeras contribuições que trouxe à pedagogia, quer para ser criticada por aqueles que não acreditam mais nos frutos de seu método. Entre as obras mais conhecidas de Montessori, destacam-se: Pedagogia Científica, A criança, e Etapas da educação.
Elementos para o comentário do texto
“Maria Montessori” procura demonstrar, através do artigo o que é seu método. Enaltece a importância do “grifo do autor” ambiente no que se refere tanto ao “grifo do autor” local, quanto ao mobiliário. Fala também, sobre educação para idade mais avançada, propondo-lhe o respectivo programa de estudos. Demonstra que o fim de seu método é a busca da “saúde psíquica e, através dela, a possibilidade de satisfazer as necessidades espirituais da alma humana”. Método que visa a libertar o menino do professor; o aluno, através de atividades pessoais, descobrirá o que lhe é necessário e possível obter. Criar condições para agir e conhecer liberdade para manifestar-se eis o caminho certo para o menino.
O método DE ROSA / MONTESSORI, e a educação moderna. O método Montessori é a resolução prática de muitos problemas pedagógicos que hoje apresentam nas questões educativas: como o problema da educação individual, da educação espontânea, da liberdade, do desenvolvimento da vontade etc. Todos estes problemas principais juntos resolvem-se, ou melhor, as questões desaparecem ante o novo plano que abre assim, de um modo simples, o caminho real. O menino teria, por sua natureza, a capacidade de desenvolver-se espontaneamente, desde o ponto de vista psíquico; mas encontra duas dificuldades: uma é o ambiente, (grifo nosso) incapaz de oferecer os meios necessários ao seu desenvolvimento; a outra é o trabalho do adulto, que involuntariamente constrói obstáculos que impedem o desenvolvimento do menino. Criar um ambiente (grifo nosso) apropriado ao menino é o estudo “científico” mais importante do método Montessori. O ambiente (grifo nosso) refere-se tanto ao local e ao mobiliário, como aos objetos que conduzem diretamente ao desenvolvimento mental (material didático). Neste ambiente, (grifo nosso) criado para ele, e determinado sobre larga e exata experiência o menino pode desenvolver sua vida, não sofrer uma educação no sentido que se entende ordinariamente. Os móveis, em dimensão e peso apropriados à sua atividade motriz, os objetos úteis em uma casa onde possa desenvolver múltiplas ações, exigem uma atividade ordenada e inteligente. O que, em outros tempos, foi um campo de jogo e ficções para o menino, converte-se aqui em campo de trabalho e realidade. O menino pequeno tem um armário pessoal para suas próprias roupinhas, guarda-louças verdadeiros, mesas para comer, pratos e vasos com os quais pode preparar a mesa. Veste-se, desveste-se, sacode-se, escova-se, põe e tira a mesa e realiza, não por jogos, mas verdadeira e utilmente, as ações necessárias à vida”. ( DE ROSA, 1984, p. 307).

Como vimos nos textos De Rosa: Maria Montessori traz em seu projeto científico a preocupação com o meio ambiente das crianças e dos adolescentes aprenderam está evidente os destaques que Montessori atribui ao meio ambiente de aprendizado que segundo ela deverá ser preparado para um atendimento adequado faixa etária com objetos ao alcance da criança no seu ambiente de aprendizado daí vemos mais uma confirmação do ambiente como espaço onde nos encontramos.
Chamo a atenção ao artigo, (Montessori, apud De Rosa 1984, p. 307). Seu método enaltece a importância do ambiente no que refere tanto ao local quanto ao ambiente. O que chama a atenção nesta autora, é que, “Montessori”, demonstra-se preocupada com o ambiente da criança interagir, aprender, com esse entendimento, o meio ambiente escolar, quer creche, quer EMEI, (Escola de Educação Infantil). O ambiente de aprendizado, e educação da criança. O que deixa este autor satisfeito. Prova concreta de que em 1907 na Itália “Montessori”, já defendia que a criança necessitava de meio ambiente confortável para um desenvolvimento saudável.


2.5.4. A Metodologia e o Ensino Científico

A prática nas diretrizes da documentação
“Assim sendo, uma informação bastante completa de sua área de especialização e razoável nas áreas afins, assim como uma certa cultura geral, é uma exigência inevitável para qualquer estudante universitário, cujos objetivos signifiquem algo mais que um diploma. E esta informação só pode adquiri-la através da documentação. Mas esta deve ser bem feita. Infelizmente, o didaticismo da facilidade acabou criando uma Série de vícios que se arraigaram na vida escolar dos estudantes desde a escola primária, esterilizando os resultados do ensino. Não adianta hoje ouvir aulas, por mais brilhantes que sejam, não adianta ler os livros mais clássicos e mais célebres. Isto só terá algum valor na medida em que se traduzir em documentação pessoal, ou seja, na medida em que estes elementos puderem estar à disposição do estudante, a qualquer momento de sua vida intelectual. A prática da documentação pessoal deve, pois, tornar-se uma constante da vida do estudante: é preciso convencer-se de sua necessidade e utilidade, colocá-la como integrante do processo de estudo, criando um conjunto de técnicas para organizá-la. A documentação de tudo que for julgado importante e útil em função dos estudos e do trabalho profissional deve ser feita sobre Fichas. (SEVERINO, 1982, p. 73).

O que me chama a atenção em Severino é exatamente a preocupação de como adquirir informação, o que deverá ser feito através da documentação (o que eu chamaria de documentação para o trabalho do professor? Sem dúvida estes documentos somente poderão ser conteúdos a serem trabalhados). Neste ponto estou de pleno acordo, pois a falta de documentação sem dúvida tem deixado nosso professor sem passar conhecimento a população despreparada, ninguém tem se preocupado com a recuperação do nosso meio por isso não há ousadia em projetos de recuperação ambiental por este motivo fui buscar em dicionários abaixo vocábulos que comprovam sem deixar sombra de dúvida que o ambiente é qualquer espaço onde se encontram os seres a as coisas aí estão à confirmação de que apenas nossa hipótese demonstra mais uma vez que apenas Educação Ambiental Pró-Recuperação de Recursos Naturais será a solução para equacionar tão grande problemática ambiental que é esta confusão de não se ensinar nossa criança da importância dos vocábulos que questionamos neste documento.
Quanto à (Severino, 1982, p. 73). A documentação de tudo que for julgado importante e útil em função dos estudos e do trabalho profissional deve ser feita sobre fichas. Porém, acredito que hoje, Severino; iria incluir em sua proposta, a memória e o disquete do computador. O que proponho, a partir desta leitura.
Continuarei na intenção de estar lhe fornecendo subsídios e conteúdo para seu desenvolvimento intelectual no decorrer do sucesso por você esperado.
3. AMBIENTE QUE ENVOLVE OS SERES VIVOS

Ambiente. Que cerca ou envolve os seres vivos e ou as coisas, (grifo nosso) por todos os lados; envolvente: meio ambiente; Agitam as palmeiras no ar ambiente / Os grandes leques que encontrados soam: (Alberto de Oliveira, poesias, 2ª série p. 341). OLIVEIRA/ FERREIRA, (1975) Aquilo que cerca ou envolve os seres vivos ou as coisas; meio ambiente. 3. Lugar, sítio, espaço e recinto: ambiente mal ventilado. (FERREIRA 1975, p. 82). Meio 5. Situação de permeio: O homem sumiu-se no meio da multidão, 6. Lagar onde vive, com suas características condicionamento geográficos; ambiente: No séc. XX o homem saiu do seu meio, lançando-se ao espaço sideral. (FERREIRA, 1975, p. 906).
Dicionário Silveira Bueno, Ambientar, v.t. E p. Adaptar ou adaptar-se a um meio, criar ambiente favorável a. Meio, s.m ponto eqüidistante dos extremos, posição intermédia; centro; condição; intervenção; maneira; possibilidade; ambiente em que se realizam certos fenômenos; (BUENO, 1973, p. 101.)
Dicionário Língua Portuquesa J. Almeida Costa. “ambiente, acj. 2 gén. Que rodeia os corpos por todos os lados; s.m. O ar que se respira; meio social em que se vive; conjunto das coisas que nos cercam. (Do lat. Ambiente, que anda em volta de (COSTA, p. 89).
Dicionário da Língua Portuguesa HOUAISS. “ambiência 1 qualidade do que é ambiente, do que nos rodeia os seres vivos. 2º meio físico, material, em que um animal ou vegetal meio ambiente. (HOUAISS, p. 183).

Foram quatros os autores de dicionários consultados, percebam que todos eles têm a mesma definição para os vocábulos de nosso questionamento, isto prova que estamos no caminho certo e sabemos que onde há erro precisa haver conserto. A partir deste momento trabalharemos textos de caderno de E/A Descrito por Suzana Machado de Pádua (Secretária do Meio Ambiente de Estado São Paulo), chamo a atenção dos leitores pedindo aos mesmos que comparem o contexto com nosso questionamento, pois denoto que este comentário está muito próximo do que falamos em nossa hipótese, até acho que Handi só faltou propor a mesma, pois nosso pensamento confesso, é um só vejamos:

3.1. CONCEITOS PARA SE FAZER EDUCAÇÃO AMBIENTAL

São Paulo (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Conceitos para se fazer educação ambiental. Como um todo, nós, a humanidade, não temos cuidado bem do planeta, nem dos seres que vivem nele. Estamos desperdiçando e usando mal os recursos, além do que, as necessidades básicas continuam não satisfeitas. O resultado tem sido perda econômica, empobrecimento ambiental e sofrimento. No entanto, isso não é necessário. A Terra possui recursos e riqueza, para satisfazer as necessidades de todos os seus habitantes e, em vários pontos do planeta, há pessoas, comunidades e nações que atuam, no sentido de preservar e ampliar esses recursos, com a finalidade de usá-los de forma produtiva. Como estas, existem outras constatações que parecem contraditórias: por um lado problemas graves e por outro um panorama de riquezas, que talvez muitos de nós desconheçam. Não será missão do educador ambiental construir a ponte entre esses pares de realidades. Vejamos alguns deles: * Diariamente cerca de 35 mil pessoas no mundo morrem de inanição, principalmente crianças o que equivale à queda e destruição diária sem sobreviventes, de 100 grandes aviões lotados. E, também todos os dias aumentam em 220 mil o número de bocas a serem alimentados no planeta. No entanto, a cada ano a produção mundial de alimentos é suficiente, rica em nutrientes e variada, para alimentar a população do mundo todo, calculada em pouco mais de 6 bilhões, no ano 2000.
Diariamente perdem-se centenas de milhões de toneladas de terra da camada superficial do solo, devido à erosão. Isto equivale à perda anual de uma área como a de Portugal ou Hungria. (PADUA, 1997, p. 12).
* As regiões desérticas, nas diversas partes do mundo, aumentam a cada quatro anos, equivalente à Grã-Bretanha ou a Gana.
* Todavia, a quantidade total de alimentos produzidos pelos agricultores dobrou nestes trinta anos. Existem, já são conhecidas e aplicadas, tecnologias que permitem alta produção sem degradação do solo, das águas ou da vida silvestre do entorno.
* Um quarto total da água doce que circula no globo, tornou-se inaproveitável, devido á poluição gerada pelo homem. Nos países em desenvolvimento, apenas 40% da população bebe água limpa e saudável.
* Mas, a quantidade de dinheiro necessário para obter água limpa para o mundo todo é muito menor do que o montante gasto com o consumo de supérfluos.
As florestas tropicais sofrem uma perda anual equivalente à área da Áustria, e essa degradação causa inundações e secas, erosão do solo, assoreamento das barragens, perda de espécies, além da destruição de estradas, campos assentamentos humanos e culturas nativas*. Metade das florestas da Europa Central estão morrendo devido à poluição do ar e da chuva ácida, o mesmo acontecendo na China e na América do Norte. (Ibid. 1997, p. 13).
Porém, em alguns pontos do globo existem ações que têm mostrado competência para administrar uma produção florestal capazes de gerar suprimento para décadas e mesmo séculos; planos de reflorestamento estão recuperando árvores, solos, rios e toda vida silvestre que essas florestas abrigam. Concluindo, a história da cultura humana e da sua interação com o planeta físico que a suporta é a história de um potencial ainda não concretizado. Para ter idéia do potencial deste magnífico planeta chamado Terra e da raça humana que nele habita, todas as nações e povos precisam compreender como funcionam os sistemas naturais; precisam ter acesso à informação sobre a real situação do planeta e precisam de técnicas e instrumentos para um gerenciamento ambiental criterioso, eficiente e produtivo. É necessário comprometer-se a usar os recursos terrestres com sensibilidade, de modo a permitir a todos o acesso justo às suas riquezas. E aí chegarmos à tarefa fundamental da educação ambiental: desenvolver esta compreensão, difundir a informação, os instrumentos e as técnicas, e ainda inspirar o engajamento. (Ibid. 1997, p.14.).

3.2. O QUE É EDUCAÇÃO AMBIENTAL?

Para HARDIN/PADUA, (1997), Um cidadão do mundo moderno precisa:
* ler e escrever;
* compreender e usar os números; e
*compreender e usar de modo sustentável os complexos sistemas ambientais dos quais fazemos parte.
Há muitas maneiras de definir a educação ambiental:
*educação ambiental é a preparação de pessoas, sua vida enquanto membros da biosfera;
* educação ambiental é o aprendizado para compreender, apreciar, saber lidar e manter os sistemas ambientais na sua totalidade;
* educação ambiental significa aprender a ver o quadro global que cerca um problema específico – sua história, seus valores, percepções, fatores econômicos e tecnológicos, e os processos naturais ou artificiais que o causam e que sugerem ações para saná-los;
*educação ambiental é a aprendizagem de como gerenciar e melhorar as relações entre a sociedade humana e o ambiente, de modo integrado e sustentável; educação ambiental significa aprender a empregar novas tecnologias; aumentar a produtividade, evitar desastres ambientais, minorar os danos existentes, conhecer e utilizar novas oportunidades e tomar decisões acertadas. (PADUA, 1997, p. 16).
Educação ambiental é fundamentalmente uma educação para a resolução de problemas, a partir das bases filosóficas do holismo, da sustentabilidade e do aprimoramento. A sua meta é a resolução de problemas de modo global, permanente, de forma a encontrar soluções melhores. A educação ambiental não substitui ou ultrapassa as disciplinas acadêmicas precisa e aplica a todas elas. Frente a um problema ambiental qualquer, é provável que precisamos de subsídios de história, economia, geologia, engenharia, estatística, ciência política e sociologia. E os profissionais envolvidos podem contribuir com idéias, combinando-as de forma criativa, integrando-as sob novas perspectivas e dando-lhes novas aplicações. Quem se engaja no processo acha-o intelectualmente excitante e diretamente útil na solução real de problemas urgentes. Descobre uma área nova, super abrangente, que abarca a compreensão da complexidade, da beleza e da coerência do todo. (Ibid, 1997, p.17).

Segundo Pádua (1997, p.11), Educação Ambiental é fundamentalmente uma educação para a resolução de problemas, a partir das bases filosóficas do holísmo, da sustentabilidade e do aprimoramento. Como autor do texto percebo nesta escritura bem como nos demais escritos por Pádua, que este raciocínio é lógico e que essa lógica possa acontecer no novo paradigma, que julgamos racional, a recuperação dos recursos naturais, proposto em nossa monografia.
Espero que o leitor tenha assimilado que os textos descritos acima principalmente este por Pádua trazem no contexto as preocupações deste autor, bastando para tanto terem levantado nossa hipótese o que para minha felicidade não a fizeram, porém se a tivesse feito provavelmente a mudança que espero acontecer na recuperação de recursos naturais já estivesse num estágio de adiantamento, mais nada tarda quando chega.
A carta que denoto em seguida demonstra a insatisfação de um pai que a professora de seu filho o obrigou a participação de um evento do qual nada tinha a ver com sua matéria este autor tomando conhecimento deste evento medita de fato como a coisa está: Continuamos a ser Um País de Papagaios.




3.3. UM PAÍS PAPAGAIO

São Bernardo do Campo.
Querida Professora Paula.
Tomei conhecimento através do meu filho, que a senhora sendo professora de português, está preparando uma festa de “Halloween” e exigiu que seus alunos fizessem convites e outras coisas relativas à mesma. Disse-me também, meu filho, que quando ele e outros colegas que não gostariam de fazer tais atividades, a senhora disse que eles teriam que fazer, pois se tratava de trabalho da matéria, sobre os quais seriam avaliados. Perguntei-lhes se foi assim também com o dia 21 de abril, dia de Tiradentes, ele me disse que não. Não teve festa, nem trabalhos alusivos. Perguntei: “e quanto ao dia 7 de setembro à Sexta-feira da Paixão?” Ele me respondeu igualmente, não. Não houve nada. Não foi feito nada relativo a essas datas. Tal fato causou-me tal indignação que estou escrevendo esta carta. Pareceu-me um grande absurdo, que uma educadora, que é professora de português, esteja promovendo festa de “Halloween”. Se ao menos fosse uma professora de inglês, poderia ter até algum cabimento, embora mínimo e igualmente execrável, pois tal educador estaria sendo um instrumento de expansão colonialista de outra cultura em cima de uma nação acéfala e sem identidade própria. Eu sei que a senhora não é a única professora a fazer isto neste imenso Brasil céu de anil, nação que já aprendeu a ser papagaio, a apenas repetir o que a outra América está fazendo. Por isso faço-lhe esta carta e vou mandar algumas cópias para diversos setores da sociedade, porque ainda está na hora de revertermos este quadro. Precisamos começar, nesta nação, a mudar nossos valores, e cultivar o bem e a verdade, o amor e a bondade, a sinceridade, a seriedade e a dignidade. É preciso que esta geração seja educada e espelhada, não em heróis maléficos como bruxas e ou “bichos”, mas precisamos de educadores que possam conduzir a próxima geração, a valores como verdade, amor honra bondade e nobreza de caráter. Este país precisa deixar de ser um país papagaio. Precisamos começar a sair do fosso da mediocridade em que estamos caídos. Para tanto precisamos que os nossos educadores usem um pouco da sua capacidade racional quando prepararem os currículos de suas matérias. Só através de uma educação sadia, poderemos começar a ter esperança na próxima geração. preciso parar com este genocídio intelectual que está sendo praticado nesta nação. Este belo país tropical, ainda pode mudar seu rumo em direção a grandeza. Já será um grande começo poder contar com educadores que preparem nossas crianças para serem amanhã, verdadeiros heróis, brasileiros do bem, cidadãos com honradez e hombridade, que aprenderam desde cedo, sobre Tiradentes, Duque de Caxias, Ayrton Senna e outros bons exemplos. Na certeza de sua acolhida e compreensão pela minha justa indignação, espero que a educação tome melhor rumo, não apenas na sua classe, mas em toda esta escola, em todo Brasil. (OLIVEIRA,1999, p.165).

A carta acima não é fictícia por isso mais uma vez chamo sua atenção! Estamos no mundo da globalização, tudo que julgamos útil e queremos adquiri-los às vezes conseguimos até com muita facilidade, porém difícil é saber o que não nos é útil, parece filosofia, mas tudo isto é para lhe despertar sobre nossa maneira de ver as coisas neste mundo do consumismo tudo que julgamos de bom queremos para nós, a melhor ferramenta que destrói o ambiente a melhor roupa, o melhor carro, o melhor brinquedo e o melhor tudo... Porém esquecemos da melhor qualidade de vida futura. Mas vivemos num País de papagaios, quem ler entenda.
Leitores estou partindo para a conclusão desta monografia não porque os assuntos se esgotaram, mas porque estou certo que vocês já entenderam a mensagem. No entanto gostaria que os anexos fossem estudados com o mesmo carinho que estudaram até aqui, pois cujos foram por mim selecionados e digitados na intenção de estar lhes fornecendo subsídios para reforçar o seu trabalho como estudante em qualquer ciclo da sua vida escolástica estou certo destas contribuições.







4. CONCLUSÃO

Foram várias tarefas, até chegar a conclusão, desta dissertação; [monografia], de Pós-Graduação em Educação Ambiental é, preciso lembrar que, somente um ininterrupto exercício me levou à formação de hábito de estudo, definitivo e espontâneo.
Minha primeira monografia, creio que bem redigida, bem feita, e que o conteúdo acredito ter alcançado o objetivo; é uma garantia de que o próximo trabalho será ainda mais perfeito, mas bem feito, e ao mesmo tempo, mais fácil e mais agradável de se fazer, apesar do propício (favorável) tempo exigir mais rigor nas tarefas, de se orientar, estudar e se preparar.
É preciso frisar que não se trata de se perder em questões formais de detalhes, ou de pormenores de citação, de redação e coisas semelhantes, o que importa é realmente adquirir a capacidade de se organizar e de se estruturar logicamente. Toda atividade pensante, seja ela qual for, exige que saiba expressá-la, numa linguagem que facilite a transmissão do conteúdo, pensado assim, procurei observar em todos os momentos do desenvolvimento textual, que, a implantação do novo paradigma disciplinar baseado no, modelo pró-recuperação de recursos naturais. É, e será a única maneira da conscientização cidadã.
Caro leitor: finalmente, quero tranqüilizá-lo a respeito desta monografia. Você pode verificar na dissertação que trata-se apenas da discriminação do sistema educacional, e da equivocada interpretação de vocábulos especiais, no processo de ensino aprendizado. Que a leitura não o tenha deixado exaurido, porém sim, uma leitura prazerosa e que você tenha entendido o contexto, (digo), minha preocupação com o meio ambiente (nosso ambiente), pois igualmente ao leitor, tenho família; e não sendo egoísta, desejo um futuro melhor para as pessoas que nos hão de suceder; vamos a busca da educação pró-recuperação dos recursos naturais. Eliminando com isso, a discriminação no sistema educacional, propiciando aos órgãos governamentais. (ONGs.) organizações não governamentais; educador / educando, e pesquisadores uma melhor reflexão sobre os temas. Acredito assim incentivar o processo multidisciplinar e interdisciplinar diante do exposto neste documento; resta a meu ver a ação humana, dos atores envolvidos principalmente a ação governamental. Estou finalmente otimista, sem dúvida, pois já estudei muitos trabalhos semelhantes a este, porém na minha modéstia; nenhum deles trouxe a proposta de: Educação Ambiental Pró-Recuperação de Recursos Naturais, que em minha óptica será sem dúvida a melhor contribuição no sistema educacional do Brasil despertando na humanidade, o senso da colaboração no sentido da preservação e recuperação

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PASQUARELLI, Maria Luiza Rigo. Normas para a apresentação de trabalhos acadêmicos [ABNT/NBR 14724, agosto 2002]. 2.ed. Osasco: [EDIFIEO], 2004. 60 p.

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SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico: diretrizes para o trabalho didático-científico na universidade. 7.ed. São Paulo: Cortez, 1982. 195 p.

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SMA. Secretaria do Meio Ambiente. Conceitos para se fazer educação ambiental.. In: PÁDUA, Suzana Machado. Coordenadoria de Educação Ambiental. 2.ed. São Paulo: A Secretaria (Série educação ambiental, ISSN 0103-2658), 1997. 112 p.

ZABALZA, Miguel A. O ensino universitário: seu cenário e seus protagonistas. Tradução de Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2004. 239 p.






BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

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OLIVEIRA, Sônia Maria de Lima. Resíduos urbanos: um problema global. Secretaria do Meio Ambiente / Coordenação de Educação Ambiental. São Paulo. 1998. 63 p.

PARDINI, Lávia. Centro de Estudos de Cultura Contemporânea. SP.Brasil (CEDEC), 1999. Gráfica da Universidade Ítalo-Brasileira. 32 p.

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(SMA) ASSIS, Neuza Marcondes Viana (org). Planejamento e participação: construindo o
futuro juntos. São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente, 1998. 94 p.

SVIRSKI, Enrique. Entidades Ambientalistas não Governamentais em Conselhos do Meio Ambiente. São Paulo: CETESB: Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEM), 2002. 109 p.




























ANEXOS


















ANEXO A - Primeira Carta Régia do Brasil

1942. A Primeira Carta Régia do Brasil estabelece normas disciplinares para o corte de madeira e determina punições para abusos vêm sendo cometidos. p 26.

1934. O Professor Felix Rawitscher introduz a pesquisa e o ensino de ecologia no Brasil, e suas idéias representam as pessoas pioneiras do atual movimento ambientalista nacional.
O Decreto 23793 transforma em lei o anteprojeto do código Florestal de 1931. Em decorrência é criada a primeira unidade de conservação do Brasil, o Parque Nacional do Itatiaia.
Realiza-se, no Museu Nacional, a 1ª Conferência Brasileira de Proteção a Natureza. p 31.

1971. Criada a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan). p 35.

1972. De 5 a 16 de junho, na Suécia, representantes de 113 países participam da Conferência de Estocolmo/Conferência da ONU sobre o Ambiente Humano. Oferece orientação aos governos, estabelece o Plano de Ação Mundial, e, particular, recomenda que seja estabelecido um programa internacional de Educação Ambiental, visando educar o cidadão comum, para que estemaneje o controle seu ambiente. P 36.

1975. A Unesco promove em Belgrado, Iugoslávia um encontro internacional em Educação Ambiental que congrega especialistas de 65 países e culmina com a formulação dos princípios e orientações para um programa internacional de E A (a Educação Ambiental deve ser continua multidisciplinar, integrada as diferenças regionais e voltada para os interesses nacionais). p 38.

1977. A Secretaria Especial do Meio Ambiente (Sema) constitui um grupo de trabalho para a elaboração de um documento sobre Educação Ambiental, com o objetivo de definir seu papel no contexto da realidade socioeconômico-educacional brasileira´. p 39.

1977. De 14 a 26 de outubro, Tbilisi (CEI, Geórgia), realiza-se a 1ª Conferência Intergoverna-mental sobre Educação Ambiental, organizada pela Unesco, em colaboração com o programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). É um prolongamento da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano (Estocolmo, 1972). A Conferência de Tbilisi – como ficou consagrada é o ponto culminante da primeira fase do Programa International de Educação Ambiental, iniciado em 1975, pela Unesco/Pnuma (v. Belgrado, 1975). p 39.

Estratégia de Desenvolvimento da EA Recomendações nº 6.
1.Estrutura Orgânica Educação universitária geal em Tbilisi foi acertado EA seria necessária para estudante de todos os campos, não apenas das ciências técnicas e naturais, mas também sociais e artísticas dadas as relações entre a natureza, a tecnologia e a sociedade, que determinam o desenvolvimento desta.
Em Moscou, buscando-se a incorporação mais efetiva da dimensão ambiental na educação universitária, foram estabelecidas as seguintes prioridades de ação:
a) desenvolvimento sensibilização para as autoridades acadêmicas;
b)desenvolvimento de programas de estudo;
c)treinamentos de professores;
d) cooperação institucional. (DIAS, 2000, p 154).

Os principais pontos de contribuição desta reunião são:
a) contribuiu para precisar a natureza da Educação Ambiental, definindo seus princípios, objetivos e características;
b) formulação de recomendações e estratégias para os planos regionais, nacionais e internacionais;
c)solicitação aos estados membros de que incluíssem em suas políticas de educação, medidas que visassem à incorporação dos conteúdos, diretrizes e atividades ambientais nos seus sistemas;
d) solicitou aos estados membros a intensificação em trabalho de reflexão, pesquisa e inovação na área de E/A;
e) propôs o intercâmbio de experiências, pesquisa, documentos e materiais entre os estados membros;
f) recomendou que para o desenvolvimento da E/A se considerasse todos os aspectos que compõem a questão ambiental – aspectos políticos, sociais, econômicos, científicos, tecnológicos, culturais, ecológicos e éticos;
g) a E/A deveria ser o resultado de uma reorientaçãoe articulação de diversas disciplinas e experiências educativas, incentivando a visão integrada dos ambientes;
h)que os indivíduos e a coletividade pudessem compreender a natureza complexa do ambiente a adquirir os conhecimentos, os valores, os comportamentos e as habilidades práticas para participar eficazmente da prevenção e soluçãodos problemas ambientais;
i)que se mostrassem, com toda a clareza, as interdepedências econômicas, políticas e ecológicas do mundo moderno;
J) a Educação Ambiental foi definida como um processo contínuo, dirigido a todos os grupos de idade e categoria profissionais no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem o conhecimento, os valores, as habilidades, as experiências e a determinação que os torna aptos a agir-individual e coletivamente - e resolver problemas ambientais;
k) A finalidade da EA é promover a compreensão da existência e da importância da interdependência econômica, política social e ecológica da sociedade;
l) Proporcionar a todos à possibilidade de adquirir conhecimentos, o sentido dos valores, o interesse ativo e as atitudes necessárias para proteger e melhorar a qualidade ambiental;
m) Induzir novas formas conduta individual, nos grupos sociais e na sociedade, tornando-a apta a agir em busca de alternativas de soluções para os seus problemas ambientais, como forma de elevação da sua qualidade de vida.














ANEXO B - DESAFIOS À EDUCAÇÃO AMBIENTAL ESCOLAR* (Marcos Reigota)**

Para iniciar a nossa conversa, gostaria de lembrar a origem da tendência em educação ambiental, na qual o meu trabalho se situa. Trata-se da educação ambiental difundida pela UNESCO, a partir de 1975, no documento que ficou conhecido como Carta de Belgrado.
A educação e áreas afins das ciências relacionadas com a ecologia elaboraram os fundamentos básicos dessa proposta pedagógica que se convencionou chamar de educação ambiental, que são:
Conscientização, conhecimento mudança de comportamento, desenvolvimento de competências, capacidade de avaliação e participação dos educandos.
A pergunta que me faço atualmente e que faço a todos que atuam nessa área é, se hoje, em 1998, aqueles princípios ainda são válidos, considerando o que se passou no mundo, de 1975 até agora, Nesses vinte e dois anos, mudanças profundas que precisamos analisar ocorreram na política internacional, repercutindo na ecologia, na educação em geral e na educação ambiental em particular.
Pretendo enfocar essas mudanças e a sua repercussão, para poder contextualizar os espaços possíveis para o desenvolvimento teórico e prático da educação ambiental, tendo em vista os desafios que encontra para estar presente na escola brasileira atual. Creio que há consenso, quando se afirma que um dos fatos mais marcantes da política internacional contemporânea foi o final da guerra fria, acompanhado do desenvolvimento do império soviético, após a queda do muro de Berlim, em 1989.
O grito de vitória absoluto e impartível do capitalismo serviu para que se camuflasse, uma vez mais dos limites e a fragilidade social, cultural e ecológica de seus princípios. Os meios de comunicação de massa e as elites econômicas e culturais, com os seus discursos e ações, conseguiram suavizar as suas fissuras com medidas assistencialistas e de impacto político imediato, conquistando a opinião pública. (REIGOTA, 1998, p. 43).
Outra mudança histórica radical, ocorrida na política internacional, nos últimos anos, como conseqüência do que já foi comentado, foi a alteração dos pólos geo-estratégicos planetários, representados pelos blocos leste (socialista) e Oeste (capitalista), para a dicotomia entre os hemisférios Norte (países considerados desenvolvidos e ricos) e Sul (países considerados subdesenvolvidos e pobres). Nessa mudança estratégica, a disputa entre socialistas e capitalistas que caracterizou a “guerra fria” passou a ser entre ricos e pobres, na qual a problemática ecológica adquire status de questão política urgente e prioritária.
Assim gostaria de analisar, agora, como a ecologia, num curto espaço de tempo é obrigada a adquirir maturidade política, uma vez que entra em cena com destaque, no espaço internacional, nos meios de comunicação de massa, nas escolas e junto à opinião pública.
A ecologia na perspectiva a que estou me referindo teve origem nos movimentos sociais surgidos na efervescência cultural anterior e posterior ao que se convencionou chamar de “pensamento de 1968” onde se destacam, de um lado, os grupos autonomistas, pacifista e anti-nuclear, e de outro o debate político e econômico ocasionado com a reunião do Clube de Roma.
*Este trabalho é a versão resultante de uma conferência pronunciada para professores da Escola da Vila, São Paulo, em 23/01/96. Posteriormente, foi acrescido de referências e reflexões derivadas dos debates sobre Educação Brasileira Contemporânea e Educação Ambiental, em Vitória – 22/02/a 03/03 de 1996.
** Professor da Universidade de Sorocaba.
“Pensamento de 1968”, onde se destacam, de lado, os grupos autonomistas, pacifista e anti-nuclear, e de outro o debate político e econômico ocasionado com a reunião do Clube de Roma.
Nos anos 70, o destaque foi para a conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano, realizada em 1972, em Estocolmo. Nos anos 80, a ecologia teve uma grande difusão planetária devido principalmente aos acidentes de Bophal e de Tchernobyl, assim como o assassinato de Chico Mendes. Nos anos 90, a ecologia se populariza principalmente através da Conferência das Nações para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em 1992. E nos dias atuais com os testes nucleares realizados pela França na Polinésia.
A ecologia entrando com destaque nas relações Norte/Sul colocou em evidência as duas faces da mesma moeda, ou melhor, do planeta. A problemática ecológica ocasionada pelas sociedades de carência têm em comum o fato de serem insustentáveis nos seus aspectos ecológicos, sociais e éticos.
Um estudo publicado nos Estados Unidos (Menzel p.1995), comparando a qualidade de vida de trinta famílias em trinta países, apresenta dados apontando enormes diferenças relativas à porcentagem da renda familiar gasta com alimentação; a família Cakoni, da Albânia, gasta 100%; as famílias Saleh e Ali, do Iraque, gastam 90%; a família Delfoart, do Haiti, gasta 80%; a família Kuankaew, da Tailândia, gasta 77%; a família Kalnazarov, do Uzbequistão, gasta 70%, ao passo que a família Skeen, dos Estados Unidos gasta apenas 9% de sua renda para se alimentar.
O exemplo mais clássico e evidente da problemática ecológica ocasionada pelas sociedades da abundância é o modelo econômico e cultural do american way of life, que ocorre, não só nos países desenvolvidos, mas também em (REIGOTA, 1998, p.44.) muitos dos países considerados subdesenvolvidos. Este estilo de vida tem no consumismo a sua razão de ser. Consome-se uma enorme quantidade de produtos perecíveis, desnecessários, descartáveis, e recursos naturais não renováveis e poluidores, como o petróleo e os seus derivados.
Dois momentos políticos importantes colocaram em cheque este modelo de desenvolvimento e estilo de vida. O primeiro ocorreu no início dos anos 70, quando os países árabes, produtores de petróleo, iniciaram o embargo e o aumento do preço do seu produto.
Como conseqüência, houve uma desenfreada busca de fontes alternativas de energia, a necessária e radical mudança nos hábitos de comportamento que tem no transporte individual a sua principal característica e a emergência dos países árabes, seu poderoso instrumento político (e ecológico) que é o petróleo, colocado na mesa de negociações internacionais. Se até agora, enfatizei a participação discreta do Brasil nas questões políticas e ecológicas, será com a questão da Amazônia, que nosso país, em particular, e a região amazônica latino-americana, em geral, ocuparão um papel de destaque no debate contemporâneo.
Entre tanto aspectos possíveis de serem discutidos sobre a Amazônia, vou me ater aos dois que considero mais próximo do nosso tema e de minha área de atuação profissional fazendo a ressalva os mesmos são extremamente complexos e que não se esgotam nas minhas observações. Pretendo, aqui, utilizar dois temas para reflexão, que considero desafiadores a qualquer professor interessado e praticante da educação ambiental. São eles: a biodiversidade e a sociodiversidade amazônicas, de um lado, e a “proteção” da região pelos modernos sistemas de telecomunicações, de outro.
A Amazônia é a maior reserva de espécies vivas do planeta, portanto, a mais rica em biodiversidade, cuja aplicabilidade e importância são pouco conhecidas. O que isso significa? Sabemos que o modelo de desenvolvimento econômico que se baseia na idéia do domínio da natureza, traduzida neste caso pelo extermínio de espécies animais e vegetais, de culturas e de pessoas que se opõem ao mesmo, embora seja uma idéia anacrônica uma idéia anacrônica, é ainda muito forte no cotidiano da região e no Brasil de forma geral.
A bioengenharia é tida como uma das principais fontes de produção de riquezas, de alimentos, de trabalho e de manutenção dos ecossistemas para os próximos anos. Nesse sentido, cada espécie que se perde, significa que se perdem valores econômicos, científicos e ecológicos incalculáveis.
Num recente documento publicado na Suíça sobre o valor de biodiversidade (Pimbert, 19950), encontramos alguns dados: “Mais de dois terços do número total de espécies vegetais, onde 35 mil têm aplicação medicinal, são originárias dos países em desenvolvimento. Pelo menos 700 medicamentos da farmacopéia ocidental são tirados das plantas”.
Parece-me que esses dados deixam claros, não só a importância econômica REIGOTA, (1998. p. 45). da biodiversidade, como os possíveis conflitos de interesse entre os países que detém a biodiversidade, situado no hemisfério Sul, e os países onde se situam as principais indústrias e laboratórios farmacêuticos, situado no hemisfério Norte.
Se a biodiversidade da Amazônia é a mais importante do planeta, a sua sóciodiversidade é também uma das mais complexas, já que nesse espaço vivem, e têm interesse muitos deles antagônicos, indígenas, seringueiros, posseiros, agricultores, traficantes, aventureiros, ricos, pobres, religiosos, missionários, ecologistas, militares, cientistas etc., do Brasil e do exterior.
Porém este é um dos seus aspectos mais suaves já que a problemática vivida pelos indígenas na região é a que merece mais atenção e cuidados, tendo ocupado importantes espaços, não só no meio de comunicação de massa de todo mundo, mas também e principalmente nos centros do poder, de discussão e de decisão política militar, responsáveis por garantir a integridade do território brasileiro, nos limites atuais e sob a ideologia da ordem e do progresso.
Mas temos muito bem definido a perspectiva da educação ambiental que quero discutir, é extremamente importante que tenhamos uma panorâmica, a mais ampla possível, para que possamos definir nossas possibilidades de ação e os limites de nossa prática pedagógica.
Há vinte anos, quando surgiu a educação ambiental no mundo, o Brasil vivia sobre o autoritarismo da ditadura militar e iniciava-se o declínio do período econômico conhecido como “milagre brasileiro”. Muitos dos principais intelectuais estavam exilados, entre eles Paulo Freire e um grupo de jovens de formação universitária, que, no exílio, puderam realizar estudos de pós-graduação nas principais universidades da Europa.
No início dos anos 90, começa a surgir um espaço público nacional uma nova geração de teóricos brasileiros e estrangeiros, que rompem com a ortodoxia maxista, fundamentando a sua perspectiva pedagógica em idéias científicas e políticas, consolidadas durante as duas últimas décadas, tendo como conferências básicas os autores conhecidos do “pensamento 68”.
Esperando ter apontado algumas pistas para entender essa contexto histórico, podemos agora ir diretamente ao assunto, procurando então situar como a proposta de educação ambiental escolar brasileira surge e como ela de posiciona diante das questões teóricas, de participação política e da complexidade das questões ecológicas.
A conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, muito contribuiu para a popularização da ecologia e da educação ambiental, e esta última passou a ser um dos requisitos obrigatórios em vários projetos relacionados com a busca de solução para questões específicas e gerais.
No entanto, a sua popularidade e o desenvolvimento de muitas práticas de REIGOTA (1998, p.46) diferentes características seja na escola ou fora dela, mostraram aprofundamento teórico e compreensão deficientes quanto ao que a educação ambiental, como e porquê fazê-la. Uma das características da época, facilmente identificável, era tanto um forte anti-intelectualismo, traduzido por uma interpretação de que a educação ambiental não precisa de fundamentação teórica, quanto um discurso pseudocientífico, próximo da literatura esotérica, que baseava a sua fundamentação em sofisticadas teorias da Antropologia, Biologia, Física, Psicologia, Teologia etc.. A escola tem sido historicamente o espaço indicado para a discussão e o aprendizado de vários temas urgentes e de atualidade, como resultado da sua importância na formação dos cidadãos. Evidentemente que a escola deve estar sempre aberta ao conhecimento, inquietação e proposta de sua época, e procurar consolidar“grifo do autor” inovações pedagógicas que contribuam para que a mesma continue cumprindo com seu papel social.
A educação ambiental correu o risco de se tornar, por decreto, uma disciplina obrigatória no currículum nacional, mas com o que os burocratas e oportunistas de plantão não contavam, era encontrar a resistência de profissionais mais conhecedores da área, o que evitou que a mesma se se torna mais uma banalidade pedagógica, perdendo todo o seu potencial crítico e questionador a respeito das nossas relações cotidianas com a natureza, artes, conhecimento, ciência, instituições, trabalho e com as pessoas que nos rodeiam.
Convém lembrar que, muito antes da educação ambiental estar presente nos discursos acadêmicos e ser uma exigência constante nas instituições voltadas para a elaboração e realização de projetos, visando a solução de problemas ambientais específicos, vários professores já haviam integrado às suas práticas pedagógicas quotidianas, geralmente iniciava a própria (Reigota, 1990).
A tendência da educação ambiental escolar é de se tornar não só uma prática educativa, ou uma disciplina a mais no curriculum, mas sim se consolidar como uma filosofia de educação, presente em todas as disciplinas já existentes, e possibilitar uma concepção mais ampla do papel da escola no contexto ecológico local e planetário contemporâneo.
A escola ecologizada pela educação ambiental, esta muito próxima do que Gandotti/Reigota (1994, p. 12) chama de “escola única popular”: “que não é uma escola uniformizada, formando cabeças em série, mas sim o local de um sadio pluralismo de idéias, uma escola moderna, alegre, competente, científica, séria, democrática, crítica e comprometida com a mudança, uma escola mobilizadora centro irradiador da cultura popular, à disposição de toda comunidade, não para consumi-la, mas para recriá-la ”.
REIGOTA (1998, p. 48).
Na escola ecologizada, a chamada cultura popular tem fundamental importância, assim como as chamadas culturas erudita e científica; nela se misturam as várias expressões humanas, que não são necessariamente as validadas pela burocracia acadêmica como as mais adequadas, as mais sábias, as mais. (REIGOTA, 1998. p. 47).corretas ou as mais verdadeiras. Com essas idéias acima sobre a escola, quero enfatizar que me parece muito difícil introduzir a educação ambiental nesse espaço, tendo como base os parâmetros clássicos. A educação ambiental traz muitos desafios à escola e às representações que temos dela, por isso tenho insistido na necessidade de que a mesma deva ser pensada e praticada com base nas concepções da educação e da escola pós-moderna.
Um dos principais equívocos da educação ambiental escolar é tê-la como substituto do ensino das disciplinas tradicionais, como Biologia, Geografia, Ciências e Estudos Sociais.
O conteúdo dessas disciplinas permite que vários aspectos do meio ambiente sejam abordados, mas sua prática pedagógica mais tradicional procura transmitir conteúdos científicos, ou na sua versão mais moderna, construir conceitos científicos específicos dessas disciplinas, como se a transmissão e/ou construção de conhecimentos científicos por si só fossem suficientes para que a educação ambiental se realizasse.
Sem desconsiderar a importância dos conhecimentos científicos, a educação ambiental questiona a pertinência deles, sejam eles transmitidos ou construídos. São os conhecimentos científicos. Presente ao currículo das disciplinas, ainda válidos nos dias de hoje? Ensina-se a biologia, a física e a química baseada na instabilidade, no caos, na flutuação, ou se continua ensinando a ciência determinista-newtoniana? REIGOTA. (1998, p. 48).





ANEXO C - A Cultura Universitária

O compromisso de uma formação contínua supõe a aplicação da atual idéia sobre o que é a formação universitária. Na maior parte das vezes, o conhecimento acadêmico era visto como “cultura da vida”, isto é, o que se aprendia na escola devia ser valioso o suficiente para que pudéssemos aproveitá-lo sempre (às vezes, era atribuída a ele demasiada importância, como se, a realidade, de cada etapa do conhecimento fosse essencial para se sobreviver como profissional). Algumas universidades enfrentaram sérios problemas para consolidar os programas de intercâmbio de estudantes, porque alguns professores não compreendiam como alguém poderia receber o diploma sem ter cursado sua disciplina: o que ensinavam era tão fundamental, que não podia ser substituído por nada. Os alunos que dedicam participar do intercâmbio e que, portanto deviam cursar disciplinas equivalentes nas universidades de destino viam-se obrigados, no seu regresso a fazer exames das disciplinas que deveriam ter cursado durante esse período. (ZABALZA, 2004, p. 59).
Enfim, estamos diante de um amplo leque de possibilidades de qualificação das universidades como instituições formativas, onde a formação já não é algo que acontece “entre paredes”, estando limitada a um espaço e um tempo concreto. A posição e a missão da universidade no contexto da “sociedade da aprendizagem” (ou seja, de uma sociedade em que é preciso se manter sempre disposto ao aprendizado para poder preservar um certo nível de qualidade de vida) adquire uma orientação bem diferente: é uma universidade menos auto-suficiente, mais preocupada em consolidar as bases do conhecimento do que em desenvolvê-lo por completo, mais comprometida com desenvolvimento das possibilidades reais de cada sujeito do que em levar até o fim um processo seletivo do qual só seguem adiante os mais capacitados ou os adaptados. (ZABALZA, 2004, p. 65).
Estruturas organizacionais das instituições universitárias.
O terceiro aspecto a ser considerado nesta revisão das características da universidade como ambiente formativo está relacionado á organização. As peculiaridades da estrutura e da dinâmica institucional da universidade influenciam bastante suas atividades e surgem como um inevitável marco de suas condições. De qualquer maneira, a estrutura organizacional de uma instituição não só é e serve como contexto (isto é, como característica geral que define o marco em que os processos e as atividades institucionais ocorrem e do qual temos necessariamente que contemplá-los), mas também como texto (isto é como objeto de estudo e de intervenção). Ninguém pode entender com clareza o que ocorre nas universidades e, menos ainda, pode pretender fazer propostas válidas para seu aprimoramento sem considerar como estão organizadas e como funcionam. (ZABALZA, 2004, p. 67).



ANEXO D - Professor Universitário em sala de aula

ABREU (1990, p.11). Toda aprendizagem precisa ser acompanhada de feedback imediato. Entendemos que a aprendizagem se faz num processo contínuo e que o feedback é elemento integrante desse processo, pois deverá fornecer ao aluno e ao professor dados para corrigir e reiniciar a aprendizagem. Sem estas informações contínuas, acreditamos que o processo de aprendizagem sofrerá interrupções e desvios, e correrá até o risco de não oferecer condições para que o aluno possa atingir os objetivos.
Toda aprendizagem precisa ser embasada em um bom relacionamento interpessoal entre os elementos que participam do processo, ou seja, aluno, professor, colegas de turma. São características deste relacionamento o comportamento de diálogo, colaboração, participação, trabalho em conjunto, clima de confiança, o professor não sendo um obstáculo à consecução dos objetivos propostos e não sendo percebido como tal.


ANEXO E - Explicando o significado

A busca de significado é fundamental para toda aprendizagem, mas mais especialmente os adultos, que devem estar capacitados para aprender o sentido dos fatos.
O adulto para aprender precisa ser envolvido como pessoa, como um todo. Isto exige que a aprendizagem se relacione ao seu universo de conhecimentos, experiências e vivências; lhe permita formular problemas e questões que de algum modo o interessem, o envolvam ou que lhe digam respeito; lhe permita entrar em confronto inexperiência com problemas práticos de natureza social, ética, profissional que lhe sejam relevantes; lhe permita e o ajude a transferir o que aprendeu na Universidade para outras circunstâncias e situações de vida; suscite modificações no comportamento e até mesmo na personalidade do aprendiz. (Masetto, 1992).



ANEXO F - Referencial Curricular

Saber o que é estável e o que circunstancial em uma pessoa, conhecer suas características e potencialidades e reconhecer seus limites é central para o desenvolvimento da identidade e para a conquista da autonomia. A capacidade das crianças de terem confiança em si próprias e o fato de sentirem-se aceitas, ouvidas, cuidadas e amadas oferecem segurança para a formação pessoal e social. A possibilidade de desde muito cedo efetuarem escolhas e assumirem pequenas responsabilidades oferece o desenvolvimento da auto-estima, essencial para as crianças se sintam confiantes e felizes.
O desenvolvimento da identidade e da autonomia está intimamente relacionado com os processos de socialização. Nas interações sociais se dá a ampliação dos laços afetivos que as crianças podem estabelecer com as outras crianças e com os adultos, contribuindo para que o reconhecimento do outro e a constatação das diferenças entre as pessoas sejam valorizadas e aproveitadas para o enriquecimento de si próprias.
Isso pode ocorrer nas instituições de educação infantil que se constituem, por excelência, em espaços de socialização, pois propiciam o contato e o confronto com adultos e crianças de várias origens suinocultura, de diferentes religiões, etnias, costumes, hábitos e valores, fazendo dessa diversidade um campo privilegiado da experiência educativa.
O trabalho educativo pode, assim, criar condições para as crianças conhecerem, descobrirem e ressignificarem novos sentimentos, valores, idéias costumes e papéis sociais. SEC/ SEF. (1998, p. 11).
A instituição de educação infantil é um dos espaços (meio ambiente) de inserção das crianças nas relações éticas morais que permeiam a sociedade na qual estão inseridas. MEC/SEF. (1998, p. 15, parágrafo segundo).
Assim, é preciso planejar oportunidades em que as crianças dirijam suas próprias ações, tendo em vista seus recursos individuais e os limites inerentes ao ambiente.
Referencial Curricular 22 / 06 / 2002
Brasil. Ministério da educação e do Desporto. Secretaria de educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil/Ministério da educação e do Desporto, Secretaria de educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998, p 11.

ANEXO G - Direitos Constitucionais e educação Ambiental

Art. 23. “É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I – selar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
II – cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV – impedir a invasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
V – proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII – preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII – fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX – promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;
X – combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;
XI – registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;
XII – estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Parágrafo único. Lei complementar fixará normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-está em âmbito nacional. (Constituição da República Federativa do Brasil, 1988, p 30-31).

CONSTITUIÇÃO, (1988, p. 117).
CAPÍTULO III
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
Seção I
Da Educação
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
(CONSTITUIÇÃO, p. 118).
I – ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso; na idade própria;
II – progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade no ensino médio;
III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;
V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

(CONSTITUIÇÃO, 1988, p. 124).
CAPÍTULO VI
DO MEIO AMBIENTE

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º. Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder Público:
I – preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
II – preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas às pesquisas e manipulação de material genético;
III – definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;
V – controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida e o meio ambiente;
VI – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
VII – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade.
§ 2º. Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degrado, de acordo com a solução técnica exigida pelo órgão competente.
§ 3º. As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

(CONSTITUIÇÃO, 1988, p. 125).
§ 4º. A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
§ 5º. São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
§ 6º. As usinas que operam com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.



ANEXO H - DECRETO N. º 4.281, DE 25 DE JULHO DE (2002, p 1-4).

Regulamenta a lei nº 9.795, de abril de 1999, que institui a Política Nacional de educação Ambiental, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999,

DECRETA:
Art. 1º A Política Nacional de Educação Ambiental será executada pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de meio Ambiente – SISNAMA, pelas instituições educacionais públicas e privadas dos sistemas de ensino, pelos órgãos públicos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, envolvendo entidades não governamentais, entidades de classe, meios de comunicação e demais segmentos da sociedade.

Art. 2º Fica criado o Órgão Gestor, nos termos do art. 14 da Lei nº 9.795, de 27 de abril 1999, responsável pela coordenação da Política Nacional de Educação Ambiental, que será dirigido pelos Ministros de Estado do Meio Ambiente e da educação.

§ 1º Aos dirigentes caberá indicar seus respectivos representantes responsáveis pelas questões de educação Ambiental em cada Ministério.

§ 2º As Secretarias – Executivas dos Ministérios do Meio Ambiente e da educação proverão o suporte técnico e administrativo necessários ao desempenho das atribuições do Órgão Gestor.

§ 3º Cabe aos dirigentes a decisão, direção e coordenação das atividades do Órgão Gestor, consultando, quando necessário, o Comitê Assessor, na forma do art. 4º deste Decreto.

Art. 3º Compete ao Órgão Gestor:
I – avaliar e intermediar, se for o caso, programas e projetos da área de educação ambiental, inclusive supervisionando a recepção e emprego dos recursos públicos e privados aplicados em atividades dessa área;
II – observar as deliberações do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA e do Conselho Nacional de educação – CNE;

cot. Decreto, (4.281, 2002 p. 1-4)
III – apoiar o processo de implementação e avaliação da Política Nacional de educação Ambiental em todos os níveis, delegando competências quando necessário;

IV – sistematizar e divulgar as diretrizes nacionais definidas, tido o processo participativo;

V – estimular e promover parcerias entre instituições públicas e privadas, com ou sem fins lucrativos, objetivando o desenvolvimento de práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais;

VI – promover o levantamento de programas e projetos desenvolvidos na área de educação Ambiental e o intercâmbio de informações;

Continuação DECRETO Nº 4.281 p. 2 de 4
VII – indicar critério e metodologias qualitativas e quantitativas para a avaliação de programas e projetos de educação Ambiental;

VIII– estimular o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando o acompanhamento e avaliação de projetos de educação Ambiental;

IX – levantar, sistematizar e divulgar as fontes de financiamento disponíveis no País e no exterior para a realização de programas e projetos de educação ambiental;

X - definir critérios considerando, inclusive, indicadores de sustentabilidade, para o apoio institucional e alocação de recursos a projetos da área não formal;

XI – assegurar que sejam contemplados como objetivos do acompanhamento e avaliação das iniciativas em educação Ambiental;

a) a orientação e consolidação de projetos;

b) o incentivo e multiplicação dos projetos bem sucedidos; e,
c) a compatibilização com os objetivos da Política Nacional de educação Ambiental.

Art. 4º F fica criado o Comitê Assessor com o objetivo de assessorar o Órgão Gestor, integrado por um representante dos seguintes órgãos, entidades ou setores:

I - setor educacional-ambiental, indicado pelas Comissões Estaduais interinstitucionais de educação Ambiental;

II - setor produtivo patronal, indicado pelas Confederações Nacionais da Indústria, do Comércio e da agricultura, garantida a alternância;

III – setor produtivo laboral, indicados pelas Centrais Sindicais, garantida a alternância;

IV – Organizações Não-Governamentais que desenvolvam ações em Educação Ambiental, indicado pela Associação Brasileira de Organizações não Governamentais. ABONG;

V – Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil-OAB;

VI municípios, indicado pela Associação Nacional dos Municípios e Meio Ambiente ANAMMA;

VII – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC;

VIII – Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, indicado pela Câmara Técnica de Educação Ambiental, excluindo-se os já representados neste Comitê;

IX – Conselho Nacional de educação - CNE;

X – União dos Dirigentes Municipais de educação - UNDIME;

XI Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais renováveis-IBAMA;
XII – da Associação Brasileira de Imprensa-ABI; E

XIII – da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Estado de Meio Ambiente ABEMA.

DECRETO p. (3 de 4)
§ 1º A participação dos representantes no Comitê Assessor não enseja qualquer tipo de remuneração sendo considerada serviço de relevante interesse público.

§ 2º O Órgão Gestor poderá solicitar assessoria de órgãos, instituições e pessoas de notório saber, na área de sua competência, em assuntos que necessitem de conhecimentos especifico.

Art. 5º Na inclusão da educação Ambiental em todos os níveis e modalidade de ensino recomenda-se como referência os Parâmetros e as Diretrizes curriculares Nacionais, observando-se:
I – a integração da educação ambiental às disciplinas de modo transversal, continuo e permanente; e

II – a adequação dos programas já vigentes de formação continuada de educadores.

Art. 6º Para o cumprimento do estabelecido neste Decreto, deverão ser criados, mantidos e implementados, sem prejuízo de outras ações, programas de educação ambiental integrados:
I – a todos os níveis e modalidades de ensino;

II – às atividades de conservação da biodiversidade, de zoneamento ambiental, de licenciamento e revisão de atividades efetivas ou potencialmente poluidoras, de gerenciamento de resíduos, de gerenciamento costeiro, de gestão de recursos hídricos, de ordenamento de recursos pesqueiros, de manejo sustentável de recursos ambientais, de ecoturismo e melhoria de qualidade ambiental;

III – às políticas públicas, econômicas, sociais e culturais, de ciência e tecnologia de comunicação, de transporte, de saneamento e de saúde;
IV – aos processos de capacitação de profissionais promovidos por empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas;

V – a projetos financiados com recursos públicos; e

VI – ao cumprimento da Agenda 21.

§ 1º Cabe ao Poder Público estabelecer mecanismo de incentivo à aplicação de recursos privados em projetos de Educação Ambiental.

§ 2º O Órgão Gestor estimulará os Fundos de Meio Ambiente e de Educação, nos níveis Federal, Estadual e municipal a alocarem recursos para o desenvolvimento de Educação Ambiental.

Art. 7º Ministério do Meio Ambiente, o Ministério da educação e seus órgãos vinculados, na elaboração dos seus respectivos orçamentos, deverão consignar recursos para a realização das atividades e para o cumprimento dos objetivos de Política Nacional de Educação ambiental.

Art. 8º A definição de diretrizes para implementação da Política Nacional de Educação Ambiental em âmbito nacional, conforme a atribuição do Órgão Gestor definida na Lei, deverá ocorrer no prazo de oito meses após a publicação deste Decreto, ouvidos o Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA e o Conselho Nacional de educação-CNE.

Art. 9º Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.

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